Estudo Geofísico na Mina de Mociços

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Rui Jorge
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: BORGES, José, CALDEIRA, Bento, NOGUEIRA, Pedro, ARAÚJO, António, VICENTE, Sandro, MATOS, João, MAIA, Miguel, ARAÚJO, Joana, REIS, J.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/27461
Resumo: A Mina de Mociços, localizada no concelho de Alandroal, junto à margem direita do rio Guadiana, é uma antiga exploração cuprífera que laborou na primeira metade do século XX. Este local está a ser o primeiro alvo de estudo do projeto ZOM3D (Modelos Metalogénicos 3D da Zona de Ossa Morena: Valorização de recursos minerais do Alentejo), que realiza estudos de cartografia geológica, mineralogia, geoquímica e geofísica nesta mina. Localizada no setor Estremoz-Barrancos da Zona de Ossa-Morena, a Mina de Mociços, foi uma exploração cuprífera do tipo filoniano e brecha quartzosa, cujas mineralizações se encontram encaixadas em metassedimentos do Ordovícico superior e xistos carbonosos do Silúrico, explorada em cortas e galerias, tendo sido atingida uma profundidade de exploração de cerca de 90 m. Neste trabalho é apresentado o estado atual do estudo geofísico em curso neste local. A metodologia adotada consistiu na reinterpretação de dados pré-existentes ao projeto, a partir de informação do arquivo de dados do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), parceiro do projeto, adquiridos pelo extinto Serviço de Fomento Mineiro (SFM). A aquisição de novos dados foi efetuada após a análise dos dados prévios, que permitiu um planeamento mais rigoroso quanto às técnicas a aplicar e quanto à densidade espacial de dados necessária. O SFM, na década de 1970, realizou um conjunto de levantamentos geofísicos (magnéticos, gravimétricos e elétricos), que deram origem a séries de mapas de escala 1:5000. Na fase inicial, a metodologia adotada consistiu no levamento regional de dados magnéticos e gravimétricos, que tivemos acesso no formato de mapas digitalizados e georreferenciados. Os valores do campo magnético encontram-se representados em malhas regulares de 100m, os quais, após digitalização, foram novamente interpolados. A mesma metodologia foi adotada para o caso dos dados de tomografia de resistividade elétrica (ERT), representados em carta na forma de pseudosecções, que foram invertidas pela primeira vez neste projeto. Nos dados de gravimetria é possível distinguir a direção regional das estruturas aflorantes. Os dados de ERT permitem identificar estruturas subverticais, relacionadas com o filão. Os dados magnéticos anteriores ao presente estudo (grelha de 100 m de espaçamento) não possuem uma resolução espacial suficiente que permita identificar a anomalia relacionada com a presença do filão, impossibilitando a sua inversão, facto que orientou o estudo para uma etapa de nova aquisição de dados. Esta etapa foi antecedida de uma etapa experimental, de modo a averiguar-se a possibilidade de se usarem os novos dados juntamente com os mais antigos. Foram testadas as técnicas de levantamento magnético, indução eletromagnética e ERT.
id RCAP_bdbd53d65be0f11ae66bfc1cf8061f85
oai_identifier_str oai:dspace.uevora.pt:10174/27461
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Estudo Geofísico na Mina de MociçosZona de Ossa-MorenaGeofísicaMociçosCobreA Mina de Mociços, localizada no concelho de Alandroal, junto à margem direita do rio Guadiana, é uma antiga exploração cuprífera que laborou na primeira metade do século XX. Este local está a ser o primeiro alvo de estudo do projeto ZOM3D (Modelos Metalogénicos 3D da Zona de Ossa Morena: Valorização de recursos minerais do Alentejo), que realiza estudos de cartografia geológica, mineralogia, geoquímica e geofísica nesta mina. Localizada no setor Estremoz-Barrancos da Zona de Ossa-Morena, a Mina de Mociços, foi uma exploração cuprífera do tipo filoniano e brecha quartzosa, cujas mineralizações se encontram encaixadas em metassedimentos do Ordovícico superior e xistos carbonosos do Silúrico, explorada em cortas e galerias, tendo sido atingida uma profundidade de exploração de cerca de 90 m. Neste trabalho é apresentado o estado atual do estudo geofísico em curso neste local. A metodologia adotada consistiu na reinterpretação de dados pré-existentes ao projeto, a partir de informação do arquivo de dados do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), parceiro do projeto, adquiridos pelo extinto Serviço de Fomento Mineiro (SFM). A aquisição de novos dados foi efetuada após a análise dos dados prévios, que permitiu um planeamento mais rigoroso quanto às técnicas a aplicar e quanto à densidade espacial de dados necessária. O SFM, na década de 1970, realizou um conjunto de levantamentos geofísicos (magnéticos, gravimétricos e elétricos), que deram origem a séries de mapas de escala 1:5000. Na fase inicial, a metodologia adotada consistiu no levamento regional de dados magnéticos e gravimétricos, que tivemos acesso no formato de mapas digitalizados e georreferenciados. Os valores do campo magnético encontram-se representados em malhas regulares de 100m, os quais, após digitalização, foram novamente interpolados. A mesma metodologia foi adotada para o caso dos dados de tomografia de resistividade elétrica (ERT), representados em carta na forma de pseudosecções, que foram invertidas pela primeira vez neste projeto. Nos dados de gravimetria é possível distinguir a direção regional das estruturas aflorantes. Os dados de ERT permitem identificar estruturas subverticais, relacionadas com o filão. Os dados magnéticos anteriores ao presente estudo (grelha de 100 m de espaçamento) não possuem uma resolução espacial suficiente que permita identificar a anomalia relacionada com a presença do filão, impossibilitando a sua inversão, facto que orientou o estudo para uma etapa de nova aquisição de dados. Esta etapa foi antecedida de uma etapa experimental, de modo a averiguar-se a possibilidade de se usarem os novos dados juntamente com os mais antigos. Foram testadas as técnicas de levantamento magnético, indução eletromagnética e ERT.Universidade de Évora2020-02-28T10:06:07Z2020-02-282017-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10174/27461http://hdl.handle.net/10174/27461porOliveira, R. J.; Borges, J. F.; Caldeira, B.; Nogueira, P.; Araújo, A.; Vicente, S.; Matos, J.; Maia, M.; Araújo, J.; Reis, J. (2017). Estudo Geofísico na Mina de Mociços. Livro de Resumos - I CONGRESSO LUSO- EXTREMADURENSE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA. Évora, 20 e 21 de Outubro de 2017. pp. 54-55.ruio@uevora.ptjborges@uevora.ptbafcc@uevora.ptpmn@uevora.ptaaraujo@uevora.ptsandrorpvicente@gmail.comjfsousamatos@gmail.commcmaiageo@gmail.comjfaraujo@uevora.ptnd393Oliveira, Rui JorgeBORGES, JoséCALDEIRA, BentoNOGUEIRA, PedroARAÚJO, AntónioVICENTE, SandroMATOS, JoãoMAIA, MiguelARAÚJO, JoanaREIS, J.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T19:22:59Zoai:dspace.uevora.pt:10174/27461Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:17:33.292459Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Estudo Geofísico na Mina de Mociços
title Estudo Geofísico na Mina de Mociços
spellingShingle Estudo Geofísico na Mina de Mociços
Oliveira, Rui Jorge
Zona de Ossa-Morena
Geofísica
Mociços
Cobre
title_short Estudo Geofísico na Mina de Mociços
title_full Estudo Geofísico na Mina de Mociços
title_fullStr Estudo Geofísico na Mina de Mociços
title_full_unstemmed Estudo Geofísico na Mina de Mociços
title_sort Estudo Geofísico na Mina de Mociços
author Oliveira, Rui Jorge
author_facet Oliveira, Rui Jorge
BORGES, José
CALDEIRA, Bento
NOGUEIRA, Pedro
ARAÚJO, António
VICENTE, Sandro
MATOS, João
MAIA, Miguel
ARAÚJO, Joana
REIS, J.
author_role author
author2 BORGES, José
CALDEIRA, Bento
NOGUEIRA, Pedro
ARAÚJO, António
VICENTE, Sandro
MATOS, João
MAIA, Miguel
ARAÚJO, Joana
REIS, J.
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Rui Jorge
BORGES, José
CALDEIRA, Bento
NOGUEIRA, Pedro
ARAÚJO, António
VICENTE, Sandro
MATOS, João
MAIA, Miguel
ARAÚJO, Joana
REIS, J.
dc.subject.por.fl_str_mv Zona de Ossa-Morena
Geofísica
Mociços
Cobre
topic Zona de Ossa-Morena
Geofísica
Mociços
Cobre
description A Mina de Mociços, localizada no concelho de Alandroal, junto à margem direita do rio Guadiana, é uma antiga exploração cuprífera que laborou na primeira metade do século XX. Este local está a ser o primeiro alvo de estudo do projeto ZOM3D (Modelos Metalogénicos 3D da Zona de Ossa Morena: Valorização de recursos minerais do Alentejo), que realiza estudos de cartografia geológica, mineralogia, geoquímica e geofísica nesta mina. Localizada no setor Estremoz-Barrancos da Zona de Ossa-Morena, a Mina de Mociços, foi uma exploração cuprífera do tipo filoniano e brecha quartzosa, cujas mineralizações se encontram encaixadas em metassedimentos do Ordovícico superior e xistos carbonosos do Silúrico, explorada em cortas e galerias, tendo sido atingida uma profundidade de exploração de cerca de 90 m. Neste trabalho é apresentado o estado atual do estudo geofísico em curso neste local. A metodologia adotada consistiu na reinterpretação de dados pré-existentes ao projeto, a partir de informação do arquivo de dados do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), parceiro do projeto, adquiridos pelo extinto Serviço de Fomento Mineiro (SFM). A aquisição de novos dados foi efetuada após a análise dos dados prévios, que permitiu um planeamento mais rigoroso quanto às técnicas a aplicar e quanto à densidade espacial de dados necessária. O SFM, na década de 1970, realizou um conjunto de levantamentos geofísicos (magnéticos, gravimétricos e elétricos), que deram origem a séries de mapas de escala 1:5000. Na fase inicial, a metodologia adotada consistiu no levamento regional de dados magnéticos e gravimétricos, que tivemos acesso no formato de mapas digitalizados e georreferenciados. Os valores do campo magnético encontram-se representados em malhas regulares de 100m, os quais, após digitalização, foram novamente interpolados. A mesma metodologia foi adotada para o caso dos dados de tomografia de resistividade elétrica (ERT), representados em carta na forma de pseudosecções, que foram invertidas pela primeira vez neste projeto. Nos dados de gravimetria é possível distinguir a direção regional das estruturas aflorantes. Os dados de ERT permitem identificar estruturas subverticais, relacionadas com o filão. Os dados magnéticos anteriores ao presente estudo (grelha de 100 m de espaçamento) não possuem uma resolução espacial suficiente que permita identificar a anomalia relacionada com a presença do filão, impossibilitando a sua inversão, facto que orientou o estudo para uma etapa de nova aquisição de dados. Esta etapa foi antecedida de uma etapa experimental, de modo a averiguar-se a possibilidade de se usarem os novos dados juntamente com os mais antigos. Foram testadas as técnicas de levantamento magnético, indução eletromagnética e ERT.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-01-01T00:00:00Z
2020-02-28T10:06:07Z
2020-02-28
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10174/27461
http://hdl.handle.net/10174/27461
url http://hdl.handle.net/10174/27461
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Oliveira, R. J.; Borges, J. F.; Caldeira, B.; Nogueira, P.; Araújo, A.; Vicente, S.; Matos, J.; Maia, M.; Araújo, J.; Reis, J. (2017). Estudo Geofísico na Mina de Mociços. Livro de Resumos - I CONGRESSO LUSO- EXTREMADURENSE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA. Évora, 20 e 21 de Outubro de 2017. pp. 54-55.
ruio@uevora.pt
jborges@uevora.pt
bafcc@uevora.pt
pmn@uevora.pt
aaraujo@uevora.pt
sandrorpvicente@gmail.com
jfsousamatos@gmail.com
mcmaiageo@gmail.com
jfaraujo@uevora.pt
nd
393
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de Évora
publisher.none.fl_str_mv Universidade de Évora
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136657734107136