Utilização de protetores solares e de despigmentantes na saúde da pele

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Daniela S
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/6093
Resumo: Introdução: A pele ao longo dos anos vai sofrendo danos, principalmente quando é exposta às radiações UV. O envelhecimento prematuro da pele e o aparecimento de hiperpigmentação cutânea são consequências de uma exposição ao sol sem utilização de protetor solar. A presença de hiperpigmentação tem um grande impacto na autoestima e, consequentemente, na qualidade de vida, e por essa razão, recorre-se muitas vezes à utilização de práticas com vista à remoção das manchas, como por exemplo produtos despigmentantes para diminuir as manchas instaladas. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivos analisar a exposição solar e o índice de proteção solar dos participantes no estudo. Pretende, também, avaliar a qualidade de vida dos inquiridos que apresentem hiperpigmentação cutânea e, ainda, tem como finalidade identificar o modo de utilização de produtos despigmentantes. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, observacional transversal, que consistiu na aplicação de um questionário, que incluiu para além da caracterização sociodemográfica e da utilização de despigmentantes, duas escalas validadas: Sun Exposure and Protection Index (SEPI) e Melasma Quality of Life Scale (MELASQoL). Este instrumento foi desenvolvido na plataforma Google Forms e disponibilizado online durante 2 meses, entre fevereiro e abril de 2021, sendo que deste resultaram 406 respostas. Posteriormente os dados foram analisados com recurso ao software de análise estatística PSPP versão 1.2.0, tendo sido efetuada análise descritiva e inferencial (testes de t-student, Kruskal-Wallis e qui-quadrado). Resultados e discussão: Neste estudo, a amostra foi constituída por 337 (83%) inquiridos do género feminino e 69 (17%) do género masculino, com um intervalo de idades que variaram entre os 18 e os 85 anos. O nível de escolaridade predominante foi o ensino superior (83,0%) e o ensino secundário (13,5%) e os fototipos de pele predominantes foram o tipo III (45,3%) e o tipo II (22,7%). Verificou-se que o género, idade, nível de escolaridade e o fototipo de pele são fatores que afetam os hábitos de exposição solar e comportamentos de proteção solar. Em relação às pontuações do questionário SEPI, obteve-se na parte I uma pontuação média de 12,8 e na parte II uma pontuação média de 9,2. Dos 406 inquiridos, 28,6% (n=116) já apresentou hiperpigmentação cutânea e a pontuação média do MELASQoL para esses inquiridos foi de 25,8 pontos. Por último, 64,7% dos inquiridos já utilizaram produtos despigmentantes, sendo que 30,7% descreveu que sentiu que as manchas reduziram muito. Dos ingredientes mais utilizados pelos inquiridos, destacaram-se as vitaminas (por exemplo vitamina C) (52,0%) e ácido glicólico (38,7%). Conclusão: A amostra em estudo apresentou um risco diminuído de exposição solar e uma alta propensão para aumentar a proteção ao sol. A hiperpigmentação pode alterar a autoestima das pessoas, embora no presente estudo se tenha verificado um baixo grau de insatisfação pessoal em relação ao estado da sua pele. Relativamente ao uso de despigmentantes, a maioria dos inquiridos revelou que as manchas reduziram pouco com o uso destes produtos, não tendo reportado efeitos adversos significativos. A presente investigação permite concluir que continua a ser necessário informar e sensibilizar para a importância da utilização de protetor solar e do uso de adequado de produtos despigmentantes, enfatizando a importância dos profissionais de saúde na educação e aconselhamento dos utentes.
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