O trágico na modernidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/1087 |
Resumo: | Um não-sei-quê de bárbaro, primitivo, sanguinário, enfim, de não-racional, empesta-nos o ar. E a sua presença incita-nos a reflectir sobre o facto de uma coisa poder ser verdadeira, sem que todavia seja boa, bela ou justa. Como desforra perversa do "íntimo terror" de uma cidade rendida ao fantasma da assepsia social e também como desforra perversa do aborrecimento letal em que a mesma cidade agoniza, instala-se entre nós uma insurreição latente, o terrorismo, guerras tribais de toda a espécie, crenças arcaicas, integrismos e fanatismos das mais variadas origens e obediências. A meu ver, a abstenção cívica, a sedição quotidiana e a escalada terrorista participam de uma mesma erótica funesta, espécie de reacção alérgica de um corpo social empobrecido, desenraizado, votado ao abismo da troca total num mundo raso de imaterialidades. |
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