Revisitando a consciência linguística: apropriação do conceito por parte de futuros professores de Português
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/17497 |
Resumo: | Este texto chama a atenção para a importância da capacidade de reflexão sobre a língua portuguesa, especificamente, no caso de futuros professores de Português. Faz inicialmente um enquadramento teórico que se reporta ao Movimento Britânico Language Awareness, iniciado nos anos oitenta do século passado, e aos seus desenvolvimentos posteriores. Pretende analisar a apropriação do conceito de consciência linguística (CL) em finalistas de um curso de mestrado para o 1o Ciclo do Ensino Básico, para professores generalistas e, por conseguinte, também professores de Português. Para o efeito, numa aula sobre a CL, interrogam-se os estudantes, através de duas questões escritas, sobre a altura e a circunstância em que cada um teve consciência da sua língua materna e sobre os contactos estabelecidos com línguas estrangeiras e o respetivo impacto na tomada de consciência das línguas (materna ou estrangeiras). Os resultados gerais apontam para uma não apropriação do conceito de CL, sendo este, por exemplo, identificado com a aquisição da oralidade ou da escrita. Os contactos com as línguas estrangeiras limitam-se praticamente às línguas aprendidas em contexto escolar. Em termos de impacto destas línguas na tomada de consciência da língua materna ou de outras línguas, este foi muito ténue, implicando apenas uma perceção de algumas diferenças (sobretudo lexicais) existentes entre as línguas românicas contactadas/aprendidas e a LP. Duas explicações são plausíveis para estes resultados: (i) o facto de estes estudantes não terem tido outras vivências linguísticas e culturais noutros espaços geográficos, ou contactos com outros falantes de outras variedades de Português, ou com estrangeiros e com as suas línguas; (ii) o próprio perfil do curso que não especializa em determinada área mas generaliza todas as áreas. |
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