Osteointegração dos implantes em zircónia: revisão narrativa

• Autor(a) principal: Próspero, Patrícia Freire
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/55843
• topic: Teses de mestrado - 2022; Saúde Oral

Os implantes dentários são atualmente considerados o gold-standard para a substituição de dentes ausentes. Desde Brånemark que o material de eleição para o fabrico dos implantes dentários é o titânio. Todavia, tendo em conta uma crescente procura por soluções metal-free devido a considerações ambientais, holísticas e de sensibilidade, associadas ao titânio, bem como uma exigência estética por parte dos pacientes, na área da Implantologia, os implantes de zircónia surgem com uma alternativa. Neste sentido, esta revisão tem como objetivo recolher a informação existente sobre os implantes em zircónia no que respeita à osteointegração, de forma a validar a sua utilização na prática clínica. Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica, durante os meses de Outubro e Novembro de 2021, na plataforma eletrónica PubMed, com a restrição temporal dos últimos 10 anos, através das palavras-chave “implant ceramic osseointegration”, “ceramic versus titanium” e “zirconia implant osseointegration” onde foi obtido um total de 280 artigos. Através da leitura dos seus abstracts foram selecionados 88 para leitura integral, sendo que no final apenas 50 foram introduzidos na dissertação. Os estudos têm demonstrado uma osteointegração semelhante entre a zircónia e o titânio desde que estes apresentem o mesmo tratamento de superfície, com valores de BIC semelhantes. Adicionalmente, estes têm apresentado excelentes resultados estéticos. Em contrapartida, a conexão pilar-implante que ainda apresenta alguma suscetibilidade, carecendo de mais estudos bem como o tratamento de superfície devido à formação de cracks. Apesar de tudo, a discussão entre os implantes de zircónia e os de titânio não deve ser considerada dogmática e os implantes devem coexistir na prática clínica.