Estudo do efeito de infraestruturas verdes na resiliência da cidade de Leiria às alterações climáticas e à poluição do ar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/7101 |
Resumo: | Os ambientes urbanos geralmente estão expostos a temperaturas ambientais e superficiais mais elevadas quando comparados com os seus arredores rurais e menos urbanizados. Nas últimas décadas a qualidade do ar nas cidades de Portugal e da Europa tem vindo a melhorar, no entanto as concentrações dos poluentes, nomeadamente poluentes como as partículas em suspensão, o dióxido de azoto e ozono, são ainda preocupantes. O rápido crescimento urbano com características que favorecem o stress térmico, as alterações climáticas que apresentam diversos desafios para os ambientes urbanos e a incerteza da melhoria ou redução da qualidade do ar urbano futuro, faz com que exista uma grande necessidade de investigar medidas de resiliência urbanas. O principal objetivo deste estudo consistiu em avaliar o impacto da implementação de diferentes medidas de infraestruturas verdes/resiliência na temperatura do ar, qualidade do ar, conforto térmico ao ar livre e nas condições térmicas do edificado em condições climáticas de verão atual, verão e inverno futuro (2041-2070; RCP 8.5) e de onda de calor, numa zona de estudo da cidade de Leiria, utilizando modelações de microescala CFD (Computational Fluid Dynamics) com o modelo ENVI-met. A estratégia passou por modelar diferentes medidas de resiliência/verdes de forma extrema na área de estudo (400mx350m), tendo-se para isso criado 4 cenários extremos (S1: telhados e paredes verdes, S2: telhados brancos, S3: aumento de árvores, S4: sem vegetação) para se analisar o seu impacto no microclima urbano e poluição do ar em condições de verão futuro. Um cenário misto (S5) foi criado através dos resultados dos quatro cenários extremos como um cenário equilibrado, mais realístico e exequível, caracterizado por telhados brancos, paredes verdes e aumento de 17% de árvores, e simulado em condições de verão e inverno futuro e onda de calor. Os resultados dos 4 cenários extremos em condições de verão futuro revelaram que as diferentes medidas de resiliência usadas não proporcionaram diferenças assinaláveis em qualquer parâmetro analisado, exceto no cenário S4 (sem vegetação) em que se verificou um aumento representativo da velocidade média do vento (6,8%) e que por sua vez resultou numa diminuição ligeiramente superior a 2% na concentração dos poluentes analisados. As medidas de resiliência do cenário misto (S5) não tiveram impactos apreciáveis na temperatura do ar, qualidade do ar e conforto térmico ao ar livre nas condições estudas da pequena área de estudo. Já no que respeita ao edificado os resultados foram muito positivos, mostrando atenuações máximas de 6 °C no interior dos edifícios em condições de Onda de Calor. |
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