Parto pré-termo, tabagismo e outros fatores de risco: um estudo caso-controlo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moutinho,Ana
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Alexandra,Denise
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000200006
Resumo: Objetivos: Analisar possíveis fatores de risco de parto pré-termo (PPT). Tipo de estudo: Estudo caso-controlo. Local: Maternidade do Hospital Santo André, Leiria. População: Parturientes e respetivos recém-nascidos de 2010. Métodos: Analisaram-se os processos clínicos das parturientes do ano de 2010, definindo-se como caso o parto com idade gestacional (IG) < 37 semanas. Os controlos (parto de IG = 37 semanas) foram selecionados por amostragem aleatória sistemática. Variáveis independentes estudadas: idade gestacional, género do recém-nascido, peso do recém-nascido à nascença, tipo de parto, tabagismo, hipertensão arterial, parto pré-termo prévio, intervalo da última gravidez < 6 meses, magreza, infeção, consumo de drogas, intervenção ao colo, diabetes, patologia da tiroide, gemelaridade, alterações do líquido amniótico, incompetência do colo, alterações da placenta, anomalias uterinas. Para análise estatística utilizou-se um modelo de regressão logística com cálculo do Odds-Ratio (OR) (a = 0.05). Software utilizado: PASW v.18. Resultados: Do total de 2279 partos em 2010, verificou-se uma taxa de prematuridade de 6,32%. A amostra ficou constituída por 136 casos de PPT e 316 controlos. Verificou-se uma percentagem superior de mães fumadoras nos casos de PPT (11,8% vs 7%), tendo este fator apresentado um OR=2 (p=0,069). No modelo de regressão logística, os determinantes de PPT com significância estatística foram: alterações da placenta (OR 33,7); antecedentes de PPT (OR 5,8); hipertensão materna (OR 5,1); infeção (OR 4); e idade materna (OR 1,1). Conclusões: Os fatores de risco encontrados são concordantes com a bibliografia, com exceção para o tabagismo que neste estudo não atingiu significância estatística. Este resultado fica provavelmente a dever-se a uma das principais limitações do estudo: baixo poder por tamanho amostral insuficiente.
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