Indicadores do espaço urbano: Para uma análise e caracterização dos espaços públicos
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/29375 |
Resumo: | O presente resumo trata da construção de uma matriz de indicadores do espaço urbano, com especial ênfase nos espaços de fruição pública, para a caracterização, avaliação e interpretação deste tipo de espaços, no contexto das cidades. A construção da matriz de indicadores proposta, tem por base uma pesquisa bibliográfica no âmbito dos Estudos Urbanos. Neste contexto destacam-se alguns autores cujos contributos foram importantes em termos metodológicos: Cullen (2018), Lynch (1999) [1960], Brandão (2011) e Alves (2003) cujas propostas metodológicas incidem, sobretudo, nas componentes morfológica e funcional dos espaços. Cullen através da visão serial e dos aspetos sensoriais do espaço urbano, Lynch pela análise de cinco elementos constituintes da cidade: quarteirões, cruzamentos, vias, limites e pontos marcantes, Brandão por meio de diferentes critérios de avaliação como: identidade; permeabilidade; segurança/ conforto; acessibilidade; legibilidade; diversidade/adaptabilidade; resistência/ durabilidade e sustentabilidade e Alves, através dos direitos de acesso, fruição, propriedade, de liberdade de ação e de alteração no espaço público. Do ponto de vista morfológico destaca-se igualmente De Angelis (2004), que sugere o levantamento quantitativo (equipamentos e vegetação) e entrevistas aos diferentes atores para a definição dos usos como metodologia de análise dos espaços públicos. Para além destes, Gehl (2011) [1971], que propõe uma avaliação com base em 12 critérios (proteção contra o tráfego; segurança; proteção contra experiências sensoriais desagradáveis; espaço para caminhar; espaços de permanência; lugares para sentar; lugares para observar; oportunidade de conversar; locais para se exercitar; escala humana; possibilidade de aproveitar o clima e boa experiência sensorial) e cuja pertinência se adequa à construção de uma matriz do espaço urbano. Reis & Lay (2006), que propõem uma abordagem percetiva e cognitiva através de diferentes categorias definidoras da qualidade do espaço como a estética, o uso, e a estrutura onde a perceção dos utilizadores, através da forma e da frequência com que usam os espaços são determinantes. Jacobs (2014) [1961] e Tonkiss (2013), que salientam a capacidade que um espaço tem de gerar interações entre atores urbanos e a especificidade dessas interações. Jacobs, tendo por base a definição dos usos atribuídos aos passeios, parques urbanos e bairros, bem como a definição de geradores de diversidade: necessidade de usos principais combinados, prédios antigos, concentração de indivíduos e quarteirões pequenos; Tonkiss através das formas onde a cidade encontrou o seu imaginário sociológico, como base em autores de referência da área da sociologia. |
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