Personalidade, perceção de risco e perceção da doença do cancro do colo do útero em mulheres saudáveis

• Autor(a) principal: Alves, Vanessa
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/31098
• topic: Cancro do colo do útero; Perceção da doença; Perceção de risco; Personalidade; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia

O presente estudo teve como objetivos (1) caracterizar a personalidade, perceção da doença da doença e perceção de risco do cancro do colo do útero (CCU) em mulheres saudáveis, (2) investigar se existem diferenças na perceção de risco individual e comparado e na perceção da doença em função de características sociodemográficas e (3) analisar a relação entre personalidade, perceção da doença e perceção de risco individual e comparado. Trata-se de um estudo exploratório e de abordagem descritiva e correlacional, com uma amostra constituída por 149 mulheres portuguesas, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. Os instrumentos utilizados foram, um questionário de dados, sociodemográficos, o NEO - Five Factor Inventory (NEO-FFI), o Life Orientation Test Revised (LOT-R), o Perception Questionnaire for Healthy People (IPQ-RH) e o questionário de perceção de risco. Os resultados demonstraram que as perceções de doença e a perceção de risco das participantes diferem consoante a idade e nível de escolaridade e estão associados com os traços de personalidade. As participantes mais jovens do grupo (18-27 anos) atribuem mais sintomas à doença quando comparadas com as participantes do grupo (46 anos ou mais). A participantes que possuem o ensino superior percecionam maior risco individual quando comparadas com as participantes que têm o ensino secundário. Verificou-se ainda que a perceção da doença e a perceção de risco estão associados com os traços de personalidade como o Neuroticismo, a Abertura à experiência, a Conscienciosidade e o Otimismo disposicional. O estudo dos traços de personalidade e das perceções individuais sobre a doença, risco e autoeficácia torna-se relevante, na medida em que fornece informações cruciais para melhor compreender de que forma as mulheres sem diagnóstico percecionam a doença do CCU.