Estudo da retina em pacientes diabéticos tipo 2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Sandra Isabel Duarte
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/3607
Resumo: Sendo a diabetes um problema de saúde pública a tomar proporções epidémicas e sendo a retinopatia diabética uma das principais causas de cegueira nos países desenvolvidos, surgiu o interesse de se realizar um estudo comparativo das alterações retinianas, através do O.C.T (tomografia de coerência óptica) em indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 0 e 5 anos e entre 5 e 10 anos, medicados com anti-diabéticos orais e com idades compreendidas entre 50 e 65 anos, acompanhados no Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar Cova da Beira E.P.E. (CHCB E.P.E). A hipótese geral de investigação consiste em saber se os indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 0 e 5 anos apresentam menos alterações retinianas que os indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 5 e 10 anos. A amostra foi constituída por 30 indivíduos, com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 de ambos os sexos. Dos 30 doentes, 15 com diagnóstico de diabetes entre 0-5 anos, e os restantes 15, com diagnóstico de diabetes entre 5-10 anos, ambos os grupos com idades compreendidas entre 50 e 65 anos. Para comparação e análise de resultados, entrou no estudo um grupo controlo de 15 indivíduos, sem diagnóstico de diabetes mellitus nem de outras complicações sistémicas nem oftalmológicas, de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 50 e os 65 anos. Foi realizada a todos os pacientes, uma colheita de dados pessoais através de um inquérito e uma recolha de dados clínicos através do processo clínico e dos exames oftalmológicos realizados na consulta de Oftalmologia (Acuidade Visual (AV), Tomografia de coerência Óptica (OCT) e angiografia. Todos os pacientes diabéticos que entraram no estudo realizaram duas medições da análise da hemoglobina glicosilada, a primeira medição foi realizada no dia da consulta de Oftalmologia e a segunda medição dois a três meses depois. A análise dos resultados obtidos permite concluir que foram atingidos todos os objectivos propostos na realização do presente trabalho, confirmando-se a hipótese geral de investigação: os indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 0 e 5 anos apresentam menos alterações retinianas que os indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 5 e 10 anos. Concluímos que o valor médio da espessura central da retina parece aumentar com o aumento dos anos de diagnóstico de diabetes, mas essa influência parece não ser significativa nos primeiros 5 anos de diagnóstico. Relativamente ao aumento dos valores médios da espessura retiniana, nos diferentes quadrantes analisados pelo OCT, não ocorreram grandes alterações em termos de relevo comparativamente ao grupo controlo, ou seja, ocorreu um aumento proporcional em todos os quadrantes, não tendo havido destaque em nenhum deles. Existe uma relação positiva entre o aumento dos anos de diagnóstico de diabetes com o aumento do valor médio da HbA1c (%). O estadio de retinopatia diabética é influenciado pelo valor médio da HbA1c (%), um mau controlo metabólico parece influenciar a evolução da retinopatia diabética. O número de anos de diagnóstico da diabetes influencia a A.V, mas essa influência parece não ser significativa nos primeiros 5 anos de diagnóstico. Os doentes diabéticos apresentam ainda, muita falta de informação, preocupação e/ou de meios em relação à sua condição de diabéticos, mais de metade da amostra do estudo (60%) referem terem feito consulta de oftalmologia à mais de dois anos. Aproximadamente 93% da amostra apresenta peso a mais ou obesidade, 80% apresentam complicações e doenças existentes, sendo a HTA uma complicação muito frequente. Os dois grupos em estudo apresentam uma média de HbA1c elevada (HbA1c grupo 0-5 anos: 6,6%; HbA1c grupo >5-10 anos: 7,6%) em relação ao valor considerado normal (5%-6%), não se encontrando metabólicamente bem compensados, a hereditariedade parece ser um factor de risco para o aparecimento de diabetes uma vez que aproximadamente 77% da amostra têm antecedentes familiares.
id RCAP_c07a50f008cfa4f94dbb63e679e2e633
oai_identifier_str oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3607
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Estudo da retina em pacientes diabéticos tipo 2Doenças de retinaDoenças de retina - DiabetesDiabetes - FisiopatologiaRetinopatia diabéticaSendo a diabetes um problema de saúde pública a tomar proporções epidémicas e sendo a retinopatia diabética uma das principais causas de cegueira nos países desenvolvidos, surgiu o interesse de se realizar um estudo comparativo das alterações retinianas, através do O.C.T (tomografia de coerência óptica) em indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 0 e 5 anos e entre 5 e 10 anos, medicados com anti-diabéticos orais e com idades compreendidas entre 50 e 65 anos, acompanhados no Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar Cova da Beira E.P.E. (CHCB E.P.E). A hipótese geral de investigação consiste em saber se os indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 0 e 5 anos apresentam menos alterações retinianas que os indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 5 e 10 anos. A amostra foi constituída por 30 indivíduos, com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 de ambos os sexos. Dos 30 doentes, 15 com diagnóstico de diabetes entre 0-5 anos, e os restantes 15, com diagnóstico de diabetes entre 5-10 anos, ambos os grupos com idades compreendidas entre 50 e 65 anos. Para comparação e análise de resultados, entrou no estudo um grupo controlo de 15 indivíduos, sem diagnóstico de diabetes mellitus nem de outras complicações sistémicas nem oftalmológicas, de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 50 e os 65 anos. Foi realizada a todos os pacientes, uma colheita de dados pessoais através de um inquérito e uma recolha de dados clínicos através do processo clínico e dos exames oftalmológicos realizados na consulta de Oftalmologia (Acuidade Visual (AV), Tomografia de coerência Óptica (OCT) e angiografia. Todos os pacientes diabéticos que entraram no estudo realizaram duas medições da análise da hemoglobina glicosilada, a primeira medição foi realizada no dia da consulta de Oftalmologia e a segunda medição dois a três meses depois. A análise dos resultados obtidos permite concluir que foram atingidos todos os objectivos propostos na realização do presente trabalho, confirmando-se a hipótese geral de investigação: os indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 0 e 5 anos apresentam menos alterações retinianas que os indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 5 e 10 anos. Concluímos que o valor médio da espessura central da retina parece aumentar com o aumento dos anos de diagnóstico de diabetes, mas essa influência parece não ser significativa nos primeiros 5 anos de diagnóstico. Relativamente ao aumento dos valores médios da espessura retiniana, nos diferentes quadrantes analisados pelo OCT, não ocorreram grandes alterações em termos de relevo comparativamente ao grupo controlo, ou seja, ocorreu um aumento proporcional em todos os quadrantes, não tendo havido destaque em nenhum deles. Existe uma relação positiva entre o aumento dos anos de diagnóstico de diabetes com o aumento do valor médio da HbA1c (%). O estadio de retinopatia diabética é influenciado pelo valor médio da HbA1c (%), um mau controlo metabólico parece influenciar a evolução da retinopatia diabética. O número de anos de diagnóstico da diabetes influencia a A.V, mas essa influência parece não ser significativa nos primeiros 5 anos de diagnóstico. Os doentes diabéticos apresentam ainda, muita falta de informação, preocupação e/ou de meios em relação à sua condição de diabéticos, mais de metade da amostra do estudo (60%) referem terem feito consulta de oftalmologia à mais de dois anos. Aproximadamente 93% da amostra apresenta peso a mais ou obesidade, 80% apresentam complicações e doenças existentes, sendo a HTA uma complicação muito frequente. Os dois grupos em estudo apresentam uma média de HbA1c elevada (HbA1c grupo 0-5 anos: 6,6%; HbA1c grupo >5-10 anos: 7,6%) em relação ao valor considerado normal (5%-6%), não se encontrando metabólicamente bem compensados, a hereditariedade parece ser um factor de risco para o aparecimento de diabetes uma vez que aproximadamente 77% da amostra têm antecedentes familiares.Pereira, Manuel MonteiroSousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deuBibliorumCosta, Sandra Isabel Duarte2015-06-24T10:35:09Z20092009-082009-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/3607porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:40:05Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3607Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:44:59.209465Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Estudo da retina em pacientes diabéticos tipo 2
title Estudo da retina em pacientes diabéticos tipo 2
spellingShingle Estudo da retina em pacientes diabéticos tipo 2
Costa, Sandra Isabel Duarte
Doenças de retina
Doenças de retina - Diabetes
Diabetes - Fisiopatologia
Retinopatia diabética
title_short Estudo da retina em pacientes diabéticos tipo 2
title_full Estudo da retina em pacientes diabéticos tipo 2
title_fullStr Estudo da retina em pacientes diabéticos tipo 2
title_full_unstemmed Estudo da retina em pacientes diabéticos tipo 2
title_sort Estudo da retina em pacientes diabéticos tipo 2
author Costa, Sandra Isabel Duarte
author_facet Costa, Sandra Isabel Duarte
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Pereira, Manuel Monteiro
Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro de
uBibliorum
dc.contributor.author.fl_str_mv Costa, Sandra Isabel Duarte
dc.subject.por.fl_str_mv Doenças de retina
Doenças de retina - Diabetes
Diabetes - Fisiopatologia
Retinopatia diabética
topic Doenças de retina
Doenças de retina - Diabetes
Diabetes - Fisiopatologia
Retinopatia diabética
description Sendo a diabetes um problema de saúde pública a tomar proporções epidémicas e sendo a retinopatia diabética uma das principais causas de cegueira nos países desenvolvidos, surgiu o interesse de se realizar um estudo comparativo das alterações retinianas, através do O.C.T (tomografia de coerência óptica) em indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 0 e 5 anos e entre 5 e 10 anos, medicados com anti-diabéticos orais e com idades compreendidas entre 50 e 65 anos, acompanhados no Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar Cova da Beira E.P.E. (CHCB E.P.E). A hipótese geral de investigação consiste em saber se os indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 0 e 5 anos apresentam menos alterações retinianas que os indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 5 e 10 anos. A amostra foi constituída por 30 indivíduos, com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 de ambos os sexos. Dos 30 doentes, 15 com diagnóstico de diabetes entre 0-5 anos, e os restantes 15, com diagnóstico de diabetes entre 5-10 anos, ambos os grupos com idades compreendidas entre 50 e 65 anos. Para comparação e análise de resultados, entrou no estudo um grupo controlo de 15 indivíduos, sem diagnóstico de diabetes mellitus nem de outras complicações sistémicas nem oftalmológicas, de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 50 e os 65 anos. Foi realizada a todos os pacientes, uma colheita de dados pessoais através de um inquérito e uma recolha de dados clínicos através do processo clínico e dos exames oftalmológicos realizados na consulta de Oftalmologia (Acuidade Visual (AV), Tomografia de coerência Óptica (OCT) e angiografia. Todos os pacientes diabéticos que entraram no estudo realizaram duas medições da análise da hemoglobina glicosilada, a primeira medição foi realizada no dia da consulta de Oftalmologia e a segunda medição dois a três meses depois. A análise dos resultados obtidos permite concluir que foram atingidos todos os objectivos propostos na realização do presente trabalho, confirmando-se a hipótese geral de investigação: os indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 0 e 5 anos apresentam menos alterações retinianas que os indivíduos diabéticos com diagnóstico de diabetes mellitus entre 5 e 10 anos. Concluímos que o valor médio da espessura central da retina parece aumentar com o aumento dos anos de diagnóstico de diabetes, mas essa influência parece não ser significativa nos primeiros 5 anos de diagnóstico. Relativamente ao aumento dos valores médios da espessura retiniana, nos diferentes quadrantes analisados pelo OCT, não ocorreram grandes alterações em termos de relevo comparativamente ao grupo controlo, ou seja, ocorreu um aumento proporcional em todos os quadrantes, não tendo havido destaque em nenhum deles. Existe uma relação positiva entre o aumento dos anos de diagnóstico de diabetes com o aumento do valor médio da HbA1c (%). O estadio de retinopatia diabética é influenciado pelo valor médio da HbA1c (%), um mau controlo metabólico parece influenciar a evolução da retinopatia diabética. O número de anos de diagnóstico da diabetes influencia a A.V, mas essa influência parece não ser significativa nos primeiros 5 anos de diagnóstico. Os doentes diabéticos apresentam ainda, muita falta de informação, preocupação e/ou de meios em relação à sua condição de diabéticos, mais de metade da amostra do estudo (60%) referem terem feito consulta de oftalmologia à mais de dois anos. Aproximadamente 93% da amostra apresenta peso a mais ou obesidade, 80% apresentam complicações e doenças existentes, sendo a HTA uma complicação muito frequente. Os dois grupos em estudo apresentam uma média de HbA1c elevada (HbA1c grupo 0-5 anos: 6,6%; HbA1c grupo >5-10 anos: 7,6%) em relação ao valor considerado normal (5%-6%), não se encontrando metabólicamente bem compensados, a hereditariedade parece ser um factor de risco para o aparecimento de diabetes uma vez que aproximadamente 77% da amostra têm antecedentes familiares.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009
2009-08
2009-01-01T00:00:00Z
2015-06-24T10:35:09Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.6/3607
url http://hdl.handle.net/10400.6/3607
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136346825031680