Cuidar da pessoa com fístula arteriovenosa: modelo para a melhoria contínua

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa,Clemente Neves
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-90252012000100003
Resumo: Introdução e objetivo: Ao longo do século xx, a doença renal crónica (DRC) adquiriu proporções de um problema de saúde pública, mobilizando elevados recursos financeiros e provocando alterações sociais. Pretende-se descrever uma estrutura conceptual de prática de cuidados, que vise a melhoria contínua das terapêuticas de enfermagem direcionadas para a pessoa com fístula arteriovenosa (FAV). Material e métodos: Estudo exploratório, descritivo e transversal. A amostra foi constituída por 98 enfermeiros que prestavam cuidados de enfermagem a pessoas com FAV em hemodiálise (HD) no distrito do Porto, sendo a média de idades de 36,55 anos e o tempo de exercício em HD de 8,66 anos. O instrumento de recolha de dados foi o questionário. Resultados: A estrutura integra 2 áreas de atenção e cada uma dessas áreas subdivide-se em dimensões que, por sua vez, se subdividem em itens, inter-relacionando-se e complementando-se entre si. No seu conjunto, permitem implementar terapêuticas de enfermagem. A primeira dimensão designa-se «Capacitação do Autocuidado», sendo decomposto um conjunto de terapêuticas de enfermagem, no âmbito do ensino, a desenvolver em função do estadio da DRC, que visam promover comportamentos de autocuidado com o existente ou futuro acesso vascular. A segunda área é designada «Vigilância do Acesso», descrevendo pormenorizadamente as terapêuticas de enfermagem que contribuem para a identificação precoce das complicações da FAV. Nesta área, são enfatizadas práticas de cuidados direcionadas para a manutenção da FAV. Conclusão: A existência de uma estrutura com áreas de atenção para a prática do cuidar da pessoa com FAV facilita o desenvolvimento de competências cognitivas e aquisição de competências que permitam aos enfermeiros identificar e diagnosticar precocemente alterações no funcionamento da FAV. Essa estrutura reorganiza e esquematiza as áreas de atenção em que o enfermeiro pode contribuir para maximizar a longevidade da FAV e minimizar as implicações para os sistemas de saúde de cada país.
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