Um estreito globalizado: a luta por Ormuz (1622) e a globalização das relações internacionais no período moderno
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/1106 |
Resumo: | Esta dissertação escolheu como objecto de estudo a luta pelo controlo do Estreito de Ormuz, que agitou as águas do Golfo Pérsico em 1622, e que seria perdido pelos portugueses para uma aliança anglo-persa. Este conflito permite a ponderação de três problemas, cuja articulação é o tema central deste trabalho. Antes de mais, nele convergiam interesses económicos e políticos. Em segundo lugar, Ormuz projectava os conflitos entre potências europeias como Portugal, Espanha, Inglaterra e Províncias Unidas, rivalidades que ultrapassavam a geografia europeia e adquiriam uma dimensão ultramarina. Por último, Ormuz representava a intersecção de conflitos inter-europeus e as demais tensões regionais que envolviam persas, otomanos, uzbeques, mogóis e árabes. Dadas estas circunstâncias, este trabalho pretende contribuir para a História das Relações Internacionais, inserindo-se dentro de um tema tão actual quanto pertinente: o debate sobre a Globalização e o seu lugar nesta área disciplinar. Para tal, procurou estudar-se a interdependência inter-regional de rivalidades e alianças entre os actores políticos do Médio Oriente e os da Europa que se desenvolveu a partir da luta por Ormuz. Depois de uma análise rigorosa dos acontecimentos que constituíram o conflito propriamente dito, bem como de outros factos com ele relacionados, o case-study de Ormuz foi utilizado para esboçar uma definição sólida e consistente e um conjunto de critérios para um conceito tão complexo quanto flexível como o é o da Globalização, aplicado, por sua vez, às Relações Internacionais no Período Moderno. |
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