Micropropagação e Germinação das Espécies Endémicas da Ilha da Berlenga
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/4345 |
Resumo: | O decréscimo do número de exemplares de algumas das espécies vegetais endémicas da ilha da Berlenga é resultado do impacto exercido pelo Homem, sendo um cenário preocupante. A conservação destas espécies ainda é possível a partir de técnicas de cultura in vitro. O objetivo principal deste trabalho foi o estabelecimento de protocolos que permitam a multiplicação por micropropagação ou por germinação de sementes, de três espécies endémicas da ilha da Berlenga, Pulicaria microcephala, Armeria berlengensis e Herniaria berlengiana, que se encontram categorizadas como espécies em risco de extinção ou criticamente ameaçadas. No estabelecimento de novos cultivos, foi determinada a taxa de sucesso na desinfeção das três espécies, sendo que os melhores resultados obtidos foram de 24,4% para P. microcephala, 15,79% para A. berlengensis e 18,2% para H. berlengiana, com diferentes processos de desinfeção. Avaliou-se igualmente, a taxa de sucesso na germinação de P. microcephala, que variou entre 6,19 e 73,02%. Em A. berlengensis obtiveram-se valores inferiores de germinação (20%), facto que, em conjunto com uma taxa de fecundidade de 3,5%, corrobora a necessidade da micropropagação como estratégia para a recuperação desta espécie. Foram realizados ainda ensaios de aclimatização com P. microcephala e A. berlengensis e estudadas as taxas de sucesso dos mesmos. Em P. microcephala a taxa de sucesso chegou aos 90,90%, quando realizada com uma luminosidade de 5790 lux, no entanto, e apesar da taxa de sucesso é apenas de 63,64% em plantas que foram aclimatizadas no exterior com luminosidade, humidade e temperatura não controladas, natural, estas apresentaram maior quantidade de flores. As plantas de A. berlengensis de menores dimensões registaram os melhores resultados de aclimatização, com 80% de sucesso. Foi ainda estudada a adição ao meio de cultura para o desenvolvimento de P. microcephala, de hormonas de crescimento e NaCl, bem como testados diferentes valores de pH. Este estudo demonstra que a micropropagação, seguida de aclimatização, é a melhor solução até agora encontrada para contribuir na conservação destas três espécies. |
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Micropropagação e Germinação das Espécies Endémicas da Ilha da BerlengaCultura in vitroConservaçãoBerlengaPulicaria microcephalaArmeria berlengensisHerniaria berlengianaDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e TecnologiasO decréscimo do número de exemplares de algumas das espécies vegetais endémicas da ilha da Berlenga é resultado do impacto exercido pelo Homem, sendo um cenário preocupante. A conservação destas espécies ainda é possível a partir de técnicas de cultura in vitro. O objetivo principal deste trabalho foi o estabelecimento de protocolos que permitam a multiplicação por micropropagação ou por germinação de sementes, de três espécies endémicas da ilha da Berlenga, Pulicaria microcephala, Armeria berlengensis e Herniaria berlengiana, que se encontram categorizadas como espécies em risco de extinção ou criticamente ameaçadas. No estabelecimento de novos cultivos, foi determinada a taxa de sucesso na desinfeção das três espécies, sendo que os melhores resultados obtidos foram de 24,4% para P. microcephala, 15,79% para A. berlengensis e 18,2% para H. berlengiana, com diferentes processos de desinfeção. Avaliou-se igualmente, a taxa de sucesso na germinação de P. microcephala, que variou entre 6,19 e 73,02%. Em A. berlengensis obtiveram-se valores inferiores de germinação (20%), facto que, em conjunto com uma taxa de fecundidade de 3,5%, corrobora a necessidade da micropropagação como estratégia para a recuperação desta espécie. Foram realizados ainda ensaios de aclimatização com P. microcephala e A. berlengensis e estudadas as taxas de sucesso dos mesmos. Em P. microcephala a taxa de sucesso chegou aos 90,90%, quando realizada com uma luminosidade de 5790 lux, no entanto, e apesar da taxa de sucesso é apenas de 63,64% em plantas que foram aclimatizadas no exterior com luminosidade, humidade e temperatura não controladas, natural, estas apresentaram maior quantidade de flores. As plantas de A. berlengensis de menores dimensões registaram os melhores resultados de aclimatização, com 80% de sucesso. Foi ainda estudada a adição ao meio de cultura para o desenvolvimento de P. microcephala, de hormonas de crescimento e NaCl, bem como testados diferentes valores de pH. Este estudo demonstra que a micropropagação, seguida de aclimatização, é a melhor solução até agora encontrada para contribuir na conservação destas três espécies.Afonso, Clélia Paulete Correia NevesMouga, Teresa Margarida Lopes da SilvaIC-OnlineFranco, Inês Maria de Almeida2019-12-19T13:26:19Z2019-11-132019-11-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.8/4345TID:202348571porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-17T15:49:07Zoai:iconline.ipleiria.pt:10400.8/4345Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:48:13.596386Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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