Homossexualidade e Bissexualidade Femininas na Prática Ginecológica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/11400 |
Resumo: | Introdução: Nos últimos anos, a saúde das mulheres lésbicas e bissexuais tem sido objeto de estudo, principalmente na área de Ginecologia. Estas mulheres acedem com menor frequência aos serviços de saúde e enfrentam barreiras como discriminação e um ambiente de heteronormatividade. Por um lado, os ginecologistas raramente questionam a orientação sexual das utentes, e por outro lado, os profissionais de saúde e estudantes de medicina revelam-se pouco preparados nos cuidados em saúde específicos desta população. Objetivos: O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a evidência científica disponível sobre a abordagem que os profissionais de saúde devem tomar nos cuidados de saúde das mulheres lésbicas e bissexuais. Além disso, propusemo-nos a explorar a literatura atual referente às barreiras sentidas por estas mulheres nos cuidados de saúde, assim como as suas necessidades específicas em saúde. Metodologia: Foi feita uma pesquisa bibliográfica e revisão da literatura recorrendo principalmente às plataformas Pubmed e Cochrane. Resultados: A literatura atual é consensual na metodologia de recolha da identificação da orientação sexual e identidade de género quer pelos profissionais de saúde, quer junto dos serviços administrativos nos registos clínicos dos utentes. A utilização de linguagem inclusiva pelos profissionais de saúde revela-se essencial. Estas mudanças exigem treinos dos profissionais de saúde, assim como inserção desta matéria na educação dos estudantes de medicina. Outra medida fundamental passa por a criação de um ambiente inclusivo e acolhedor nos serviços de saúde a esta minoria sexual de mulheres, como por exemplo, cartazes com políticas antidiscriminação nas salas de espera. Conclusão: A revisão da evidência científica atual indica que as recomendações abordadas beneficiariam as mulheres lésbicas e bissexuais, contudo não existem ainda estudos que correlacionem o uso destas recomendações e os outcomes clínicos destas mulheres. Esta é uma área de investigação futura. Em Portugal existem raras investigações sobre esta matéria. É imperativo que se criem guidelines nacionais para os cuidados específicos desta população de mulheres, sobretudo na área de Ginecologia. |
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Homossexualidade e Bissexualidade Femininas na Prática GinecológicaCuidados de SaúdeDisparidades Em SaúdeGinecologiaMulheres BissexuaisMulheres LésbicasDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: Nos últimos anos, a saúde das mulheres lésbicas e bissexuais tem sido objeto de estudo, principalmente na área de Ginecologia. Estas mulheres acedem com menor frequência aos serviços de saúde e enfrentam barreiras como discriminação e um ambiente de heteronormatividade. Por um lado, os ginecologistas raramente questionam a orientação sexual das utentes, e por outro lado, os profissionais de saúde e estudantes de medicina revelam-se pouco preparados nos cuidados em saúde específicos desta população. Objetivos: O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a evidência científica disponível sobre a abordagem que os profissionais de saúde devem tomar nos cuidados de saúde das mulheres lésbicas e bissexuais. Além disso, propusemo-nos a explorar a literatura atual referente às barreiras sentidas por estas mulheres nos cuidados de saúde, assim como as suas necessidades específicas em saúde. Metodologia: Foi feita uma pesquisa bibliográfica e revisão da literatura recorrendo principalmente às plataformas Pubmed e Cochrane. Resultados: A literatura atual é consensual na metodologia de recolha da identificação da orientação sexual e identidade de género quer pelos profissionais de saúde, quer junto dos serviços administrativos nos registos clínicos dos utentes. A utilização de linguagem inclusiva pelos profissionais de saúde revela-se essencial. Estas mudanças exigem treinos dos profissionais de saúde, assim como inserção desta matéria na educação dos estudantes de medicina. Outra medida fundamental passa por a criação de um ambiente inclusivo e acolhedor nos serviços de saúde a esta minoria sexual de mulheres, como por exemplo, cartazes com políticas antidiscriminação nas salas de espera. Conclusão: A revisão da evidência científica atual indica que as recomendações abordadas beneficiariam as mulheres lésbicas e bissexuais, contudo não existem ainda estudos que correlacionem o uso destas recomendações e os outcomes clínicos destas mulheres. Esta é uma área de investigação futura. Em Portugal existem raras investigações sobre esta matéria. É imperativo que se criem guidelines nacionais para os cuidados específicos desta população de mulheres, sobretudo na área de Ginecologia.Introduction: In recent years, the health of lesbian and bisexual women has been an object of study, especially in the area of Gynecology. These women access to the health services less frequently and face barriers such as discrimination and a heteronormative environment. On the one hand, gynecologists do not do questions about sexual orientation of their patients, one the other hand, health professionals and medical students reveal themselves to be poorly prepared in the specific health care of this population. Objectives: The main objective of this work was to evaluate available scientific evidence on the approach that healthcare professionals should take in our health care for lesbian and bisexual women. In addition, we set out to explore the current literature regarding the barriers experienced by these women in health care, as well as their specific health needs. Methodology: A bibliographic search and literature review was carried out, mainly using the Pubmed and Cochrane platforms. Results: The current literature is consensual in the methodology for collecting the identification of sexual orientation and gender identity, either by health professionals, or from administrative services in the clinical records of the patients. The use of inclusive language by health professionals is essential. For these changes it is necessary the training of professionals as well as the insertion of this subject in the education of medical students. Another fundamental measure is the creation of an inclusive and welcoming environment in health services for this population of women, such as, posters with anti-discrimination policies in waiting rooms. Conclusion: The review of current scientific evidence indicates that the recommendations addressed benefit lesbian and bisexual women. However, there are still no studies that correlate the use of the recommendations and the clinical outcomes of these women. This is an area of future research. In Portugal there are rare investigations on this matter, it is imperative that national guidelines are created for the specific care of this population of women.Moutinho, José Alberto FonsecauBibliorumOliveira, Jéssica Angelina Gonçalves de2021-12-03T15:07:22Z2021-06-232021-05-032021-06-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11400TID:202789357porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:53:51Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11400Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:12.231287Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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