Inovações terapêuticas no âmbito da profilaxia e tratamento das crises agudas de enxaqueca
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/16337 |
Resumo: | A enxaqueca é uma doença neurovascular e multifatorial incapacitante, com uma prevalência mundial de cerca de 11,6%, afetando tanto adultos, como adolescentes e crianças. O seu impacto no quotidiano dos doentes é bastante significativo, impedindo-os por vezes de realizar as suas tarefas diárias. Desta forma, esta patologia está frequentemente associada ao absentismo laboral e escolar. Por outro lado, é também responsável por custos elevados na área da saúde. A grande problemática em torno da enxaqueca prende-se não só com a desvalorização desta doença por parte de alguns profissionais de saúde, mas também com a falta de eficácia e segurança das terapêuticas atualmente instituídas para a sua profilaxia e tratamento sintomático. As terapêuticas convencionais são, na sua maioria, inespecíficas e acarretam um número elevado de contraindicações e efeitos adversos, o que dificulta a escolha de um regime terapêutico adequado e, como consequência, conduz ao abandono da terapêutica. Por outro lado, algumas opções terapêuticas, nomeadamente os triptanos, podem ainda conduzir a um quadro crónico e refratário, se utilizadas de forma regular e prolongada. As limitações das terapêuticas atualmente instituídas prendem-se, sobretudo, com o desconhecimento dos mecanismos fisiopatológicos da enxaqueca. Nos dias de hoje, assume-se que as crises de enxaqueca resultam da ativação do sistema trigémino-vascular, que desencadeia um processo de inflamação neurogénica, com consequente libertação de substâncias vasoativas, como por exemplo, a calcitonin gene-related peptide (CGRP). Porém, o evento que está na origem da ativação do sistema trigémino-vascular permanece desconhecido. O papel destas substâncias vasoativas tem vindo a ser estudado, o que possibilita a identificação de novos alvos terapêuticos, permitindo assim o desenvolvimento de novas opções terapêuticas mais especificas, mais toleráveis e mais seguras. A nível não farmacológico, destaca-se a neuromodulação, com a promessa de diminuir a excitabilidade neuronal, com o menor número de efeitos adversos e interações medicamentosas; a nível farmacológico, destacam-se os fármacos que antagonizam a ação das substâncias vasoativas envolvidas na fisiopatologia da enxaqueca, como por exemplo, os gepants e os anticorpos monoclonais anti-CGRP e anti-recetor da CGRP. Neste contexto, a presente monografia pretende explorar as mais recentes e promissoras inovações terapêuticas no âmbito da enxaqueca, desenvolvidas com base nas últimas descobertas acerca da fisiopatologia desta doença, através de uma revisão bibliográfica. |
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A enxaqueca é uma doença neurovascular e multifatorial incapacitante, com uma prevalência mundial de cerca de 11,6%, afetando tanto adultos, como adolescentes e crianças. O seu impacto no quotidiano dos doentes é bastante significativo, impedindo-os por vezes de realizar as suas tarefas diárias. Desta forma, esta patologia está frequentemente associada ao absentismo laboral e escolar. Por outro lado, é também responsável por custos elevados na área da saúde. A grande problemática em torno da enxaqueca prende-se não só com a desvalorização desta doença por parte de alguns profissionais de saúde, mas também com a falta de eficácia e segurança das terapêuticas atualmente instituídas para a sua profilaxia e tratamento sintomático. As terapêuticas convencionais são, na sua maioria, inespecíficas e acarretam um número elevado de contraindicações e efeitos adversos, o que dificulta a escolha de um regime terapêutico adequado e, como consequência, conduz ao abandono da terapêutica. Por outro lado, algumas opções terapêuticas, nomeadamente os triptanos, podem ainda conduzir a um quadro crónico e refratário, se utilizadas de forma regular e prolongada. As limitações das terapêuticas atualmente instituídas prendem-se, sobretudo, com o desconhecimento dos mecanismos fisiopatológicos da enxaqueca. Nos dias de hoje, assume-se que as crises de enxaqueca resultam da ativação do sistema trigémino-vascular, que desencadeia um processo de inflamação neurogénica, com consequente libertação de substâncias vasoativas, como por exemplo, a calcitonin gene-related peptide (CGRP). Porém, o evento que está na origem da ativação do sistema trigémino-vascular permanece desconhecido. O papel destas substâncias vasoativas tem vindo a ser estudado, o que possibilita a identificação de novos alvos terapêuticos, permitindo assim o desenvolvimento de novas opções terapêuticas mais especificas, mais toleráveis e mais seguras. A nível não farmacológico, destaca-se a neuromodulação, com a promessa de diminuir a excitabilidade neuronal, com o menor número de efeitos adversos e interações medicamentosas; a nível farmacológico, destacam-se os fármacos que antagonizam a ação das substâncias vasoativas envolvidas na fisiopatologia da enxaqueca, como por exemplo, os gepants e os anticorpos monoclonais anti-CGRP e anti-recetor da CGRP. Neste contexto, a presente monografia pretende explorar as mais recentes e promissoras inovações terapêuticas no âmbito da enxaqueca, desenvolvidas com base nas últimas descobertas acerca da fisiopatologia desta doença, através de uma revisão bibliográfica. |
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