Democracia, estado-nação, e híper-globalização
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/5165 |
Resumo: | Muitos são os desafios democráticos que a contemporaneidade comporta. As causas, para estes nossos tempos instáveis, são múltiplas, e são profundas, mas interessa percebe-las de forma a equacionar as suas soluções. O presente estudo invoca este objectivo através da sua abordagem pela relação entre mercado (globais), democracia, e estados (nação). Pretende-se analisar a forma como as democracias são afectadas, ao nível dos Estados-Nação, na consequência das dinâmicas económicas e financeiras decorrentes de uma Hipér-Globalização. Através de uma intensificação profunda da globalização as dinâmicas do poder político foram alteradas. Estas transformações reflectem uma diminuição do poder do estado em domínio nacional e internacional, em prol da liberdade plena dos mercados financeiros. Maximiza-se a ambivalência e a instabilidade entre mercados (globais) e estados (nacionais), provocando desequilíbrios que ameaçam quebrar os consensos sistémicos vigentes. De forma a estabelecer equilíbrios necessitamos de ganhar consciência de que a modernidade não suporta mais em simultâneo: Estados-Nação, Democracias e uma Híper-globalização. Necessitamos então de fazer escolhas, e estas representam o maior desafio democrático contemporâneo. Estas opções devem reflectir o mundo que se ambiciona. Um mundo ao funcionamento orientado segundo a arbitrariedade da “livre” orientação dos mercados, ou um mundo retornado a um nacionalismo de estados-nação retraídos sobre si próprios. Talvez se ambicione um pouco dos dois. Deseja-se uma governação global que consiga equilibrar o plano internacional e o plano nacional, através do reconhecimento e da viabilização de um equilíbrio aceitável entre ambos. Apesar de esta saída representar inúmeros desafios, ela constitui-se numa hipótese de a humanidade preservar a viabilidade da democracia na elaboração do seu futuro. |
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