A geografia do desemprego no Porto: comunidades e territórios com maior vulnerabilidade à pobreza e à exclusão social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Sónia
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/3452
Resumo: A incidência do desemprego não é idêntica para todos os grupos sociais nem para todos os territórios, assim como a gravidade da sua experiência depende de um conjunto diversificado de factores, como seja o período de permanência na situação de desemprego ou o nível de protecção social do Estado e da família/amigos. Face a esta complexidade, opta-se por articular, neste estudo, e ao longo de quatro partes, uma perspectiva de análise sociológica e geográfica da problemática do desemprego. Na primeira parte, discutem-se as relações que se estabelecem entre o desemprego e a pobreza e o desemprego e a exclusão social, notando-se que estas conexões dependem dos mecanismos de apoio do Estado e da família. Num segundo momento, desenvolve-se uma abordagem empírica para a problemática do desemprego no contexto do Grande Porto, procurando identificar-se e explicar-se a variação intra-urbana do fenómeno. Na terceira parte, analisam-se as formas de organização socioespacial do desemprego no Porto, bem como a repartição da protecção social associada ao subsídio de desemprego, concluindo-se sobre a existência de uma variação intra-urbana particularmente evidente entre a parte ocidental e a oriental da cidade. Por fim, reflecte-se sobre a permanência e sobre os efeitos de algumas concentrações espaciais de desemprego que foram sendo construídas pela edificação de alguns dos maiores bairros de habitação social na cidade. Para este debate procede-se a uma revisão das teorias dos 'efeitos de área' e discute-se a sua relevância para explicar a inércia histórica ou a imutabilidade que anda associada ao desemprego nestas áreas, que favorece processos de desvalorização socioespacial e que tendem a aumentar a segregação urbana. A reflexão em torno destes efeitos, leva-nos a apelar a uma maior sensibilidade e bom senso nas culturas e práticas do planeamento do território e da gestão urbanística em Portugal.
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