A nova cooperação Sul-Sul na Política externa brasileira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/3266 |
Resumo: | Este artigo procura analisar de que forma a estratégia brasileira de aproximação aos países BRIC, através da nova cooperação Sul-Sul, tem ajudado o país a alcançar o maior objectivo da sua política externa: ser considerado, não apenas um poder médio emergente, como também um poder global. De facto, a política externa brasileira tem tentado conformar a ordem internacional à fi losofi a política de equalizar os benefícios, nas relações internacionais, entre países ricos e países emergentes, por meio de acções multi e bilaterais. Contudo, tem sido difícil obter uma real reciprocidade entre países ricos e emergentes, mesmo no actual cenário de crise do multilateralismo, o que tem levado o Brasil a voltar-se para outros espaços de actuação, focando-se particularmente na aproximação, bilateral e multilateral, aos restantes países emergentes, criando as coligações anti-hegemónicas que têm nascido sob sua liderança, como o G20, o G3-Ibas e o G4. Neste sentido, a cooperação entre o Brasil e os outros países emergentes tem sido muito importante para o Brasil. Contudo, essa cooperação apresenta muitos problemas. Tendo em conta a falta de uma verdadeira agenda para esta cooperação internacional, devida à divergência de interesses e às diferenças que separam os BRIC, veremos que estes países desenvolvem a sua relação apenas sobre o vector económico, visando, especialmente, o comércio internacional e a reforma do sistema fi nanceiro internacional. Todavia, os interesses dos poderes médios emergentes agrupados no acrónimo BRIC, embora signifi cativamente distintos, podem ser acomodados através do impulso que o Brasil tem dado a esta nova cooperação Sul-Sul, ainda que concretizada, apenas, em temas específi cos. É esta falta de um total entendimento entre estes países que nos permite dizer que, além do G20, do G3-Ibas e do G4, o Brasil não lidera esta cooperação, embora seja o seu maior impulsionador. Mesmo assim, tem sido sobre esta estratégia que o Brasil tem feito assentar o seu extraordinário activismo internacional, que lhe permite alcançar o seu maior desígnio de política externa: ser considerado, não apenas um poder médio emergente, como também um poder global. |
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