Perturbações psicopatológicas no cuidador informal do doente mental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Isabel de Fátima Gomes
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/1489
Resumo: Contextualização: Assume grande relevância para a prática profissional conhecer-se os fatores que interferem nas perturbações psicopatológicas do cuidador informal do doente mental, dado que esta é uma área pouco explorada. Como tal, objetivou-se: analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas do cuidador informal e as perturbações psicopatológicas do cuidador informal; analisar a relação entre a sobrecarga e a personalidade do cuidador informal com as perturbações psicopatológicas do cuidador informal; avaliar a influência das variáveis sociodemográficas do doente mental sobre as perturbações psicopatológicas no cuidador informal. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, descritivo correlacional, de natureza quantitativa, no qual participaram 100 cuidadores informais de doentes mentais, dos quais a maioria é do sexo feminino, com idades mínimas de 20 anos e máximas de 80 anos. Para a mensuração das variáveis utilizaram-se instrumentos de medida, de reconhecida fiabilidade, aferidos e validados para a população portuguesa: Escala de Ansiedade, Depressão e Stresse (EADS-21), a Escala de Sobrecarga do Cuidador Informal e o Inventário de Personalidade de Eysenck (EPI). Resultados: Constatou-se a existência de diferenças estatisticamente significativas na relação entre a situação laboral com a sobrecarga do cuidador; houve influência do tempo que presta cuidados e a sobrecarga, nomeadamente em relação ao impacto na prestação de cuidados; o homem, regra geral, está muito mais dependente de prestação de cuidados que a mulher; inferiu-se que os cuidadores apresentam índices mais elevados de depressão ansiedade e stresse quando cuidam de pessoas dependentes do sexo masculino; os participantes com traços de neuroticismo são sobretudo os do sexo feminino; as mulheres apresentaram índices médios mais elevados condizentes com maiores níveis de estado depressivo, ansiedade stresse, do que os homens; os participantes com idade entre os 47 e os 57 anos foram os que apresentaram índices mais elevados de depressão, ansiedade e stresse; registaramse maiores níveis de depressão, ansiedade e stresse nos prestadores de cuidados que prestam cuidados às pessoas dependentes mais jovens. Conclusão: Cuidar do doente mental, conforme demonstram os resultados apresentados, tem repercussões negativas em termos de sobrecarga, stresse, ansiedade e depressão.
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Métodos: Realizou-se um estudo transversal, descritivo correlacional, de natureza quantitativa, no qual participaram 100 cuidadores informais de doentes mentais, dos quais a maioria é do sexo feminino, com idades mínimas de 20 anos e máximas de 80 anos. Para a mensuração das variáveis utilizaram-se instrumentos de medida, de reconhecida fiabilidade, aferidos e validados para a população portuguesa: Escala de Ansiedade, Depressão e Stresse (EADS-21), a Escala de Sobrecarga do Cuidador Informal e o Inventário de Personalidade de Eysenck (EPI). Resultados: Constatou-se a existência de diferenças estatisticamente significativas na relação entre a situação laboral com a sobrecarga do cuidador; houve influência do tempo que presta cuidados e a sobrecarga, nomeadamente em relação ao impacto na prestação de cuidados; o homem, regra geral, está muito mais dependente de prestação de cuidados que a mulher; inferiu-se que os cuidadores apresentam índices mais elevados de depressão ansiedade e stresse quando cuidam de pessoas dependentes do sexo masculino; os participantes com traços de neuroticismo são sobretudo os do sexo feminino; as mulheres apresentaram índices médios mais elevados condizentes com maiores níveis de estado depressivo, ansiedade stresse, do que os homens; os participantes com idade entre os 47 e os 57 anos foram os que apresentaram índices mais elevados de depressão, ansiedade e stresse; registaramse maiores níveis de depressão, ansiedade e stresse nos prestadores de cuidados que prestam cuidados às pessoas dependentes mais jovens. Conclusão: Cuidar do doente mental, conforme demonstram os resultados apresentados, tem repercussões negativas em termos de sobrecarga, stresse, ansiedade e depressão.Background: Is of great relevance to professional practice to know the factors that interfere with psychopathological disorders of informal caregivers of the mentally ill, as this is a little explored area. As such, it aimed to: analyze the relationship between the socio demographic variables of the informal caregiver and psychopathological disorders of the informal caregiver, to analyze the relationship between overload and personality of the informal caregiver with psychopathological disorders of the informal caregiver, evaluate the influence of socio demographic variables the mentally ill on the psychopathological disturbances in informal caregiver. Methods: it was made a cross-sectional, descriptive correlacional, quantitative study, in which participated 100 informal caregivers of mentally ill, most of whom are female, aged 20 years minimum and maximum of 80 years. For the measurement of the variables, were used measuring instruments of acknowledged reliability, measured and validated to the portuguese population: Scale of Anxiety, Depression and Stress (EADS-21), the scale and Informal Caregiver Overload Personality Inventory Eysenck (EPI). Results: It was found that there are significant differences in the relationship between employment status with the caregiver burden; was no influence of time providing care and burden, particularly in relation to impact on careman rule, is much more dependent care that the woman, we inferred that caregivers have higher rates of depression, anxiety and stress when caring for dependents male; participants with neuroticism are mostly females, women had rates higher average consistent with higher levels of depressed mood, anxiety, stress, than men; participants aged between 47 and 57 years presented the highest rates of depression, anxiety and stress, there were higher levels of depression, anxiety and stress in careers who provide care for dependents younger. Conclusion: Caring for the mentally ill, as evidenced by the results presented, has negative repercussions in terms of overload, stress, anxiety and depression.Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de ViseuCruz, Carla Maria Viegas e MeloDuarte, João CarvalhoRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuCorreia, Isabel de Fátima Gomes2013-01-23T12:07:24Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/1489porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:24:53Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/1489Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:40:47.176828Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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