Intervenção Cultural e Educação Artística
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/4193 |
Resumo: | Iniciar esta Introdução foi um pretexto para a convocação de memórias. Um pretexto para recordar a luta pelas Artes na Educação que, na minha pessoa, já é antiga. Remonta, precisamente, ao ano de 1972, ano em que entrei para a Escola Superior de Educação pela Arte, no Conservatório Nacional de Lisboa. Estávamos em plena ditadura, mas a famosa reforma do Conservatório transformou este espaço numa espécie de oásis de liberdade… um espaço de pensamento livre e de criação… As ideias que se discutiam sobre educação e arte, os professores com perspetivas tão novas e arejadas que nos punham a pensar de formas tão intensas e sem medo… a proximidade da experiência artística… tudo isto proporcionava um ambiente inesquecível… Entrar no edifício da Rua dos Caetanos, que é ainda hoje o edifício do Conservatório Nacional, era entrar num outro mundo! E, para quem tinha 18 anos era, para a época, absolutamente fascinante e revolucionário a todos os níveis… e pouco a pouco começámos a perceber a luta destemida daqueles docentes por aquilo em que acreditavam… que era a educação pela arte! Se convoco estas memórias, foi porque o percurso de vida das pessoas que criaram esta Escola de Educação pela Arte muito contribuiu para transformar pessoas e para um modo diferente de ser professor. Pessoas que não se intimidaram nem com regimes, nem com políticas adversas. Pessoas que se nortearam pela investigação que se fazia, não só no estrangeiro, nomeadamente na pessoa de Herbert Read, que afirmava que a base de toda a educação deveria ser as artes, mas também pela investigação que eles próprios faziam em Portugal no Centro de Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian. Pessoas que compreenderam a importância da educação artística para o desenvolvimento das crianças e para o desenvolvimento das sociedades. |
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Iniciar esta Introdução foi um pretexto para a convocação de memórias. Um pretexto para recordar a luta pelas Artes na Educação que, na minha pessoa, já é antiga. Remonta, precisamente, ao ano de 1972, ano em que entrei para a Escola Superior de Educação pela Arte, no Conservatório Nacional de Lisboa. Estávamos em plena ditadura, mas a famosa reforma do Conservatório transformou este espaço numa espécie de oásis de liberdade… um espaço de pensamento livre e de criação… As ideias que se discutiam sobre educação e arte, os professores com perspetivas tão novas e arejadas que nos punham a pensar de formas tão intensas e sem medo… a proximidade da experiência artística… tudo isto proporcionava um ambiente inesquecível… Entrar no edifício da Rua dos Caetanos, que é ainda hoje o edifício do Conservatório Nacional, era entrar num outro mundo! E, para quem tinha 18 anos era, para a época, absolutamente fascinante e revolucionário a todos os níveis… e pouco a pouco começámos a perceber a luta destemida daqueles docentes por aquilo em que acreditavam… que era a educação pela arte! Se convoco estas memórias, foi porque o percurso de vida das pessoas que criaram esta Escola de Educação pela Arte muito contribuiu para transformar pessoas e para um modo diferente de ser professor. Pessoas que não se intimidaram nem com regimes, nem com políticas adversas. Pessoas que se nortearam pela investigação que se fazia, não só no estrangeiro, nomeadamente na pessoa de Herbert Read, que afirmava que a base de toda a educação deveria ser as artes, mas também pela investigação que eles próprios faziam em Portugal no Centro de Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian. Pessoas que compreenderam a importância da educação artística para o desenvolvimento das crianças e para o desenvolvimento das sociedades. |
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