Estudo da estabilidade sagital, após artrodese instrumentada por fractura achatamento do corpo vertebral dorso-lombar (D10-L5), sem lesão neurológica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/19856 |
Resumo: | Introdução: A técnica cirúrgica mais frequentemente aplicada em fracturas por esmagamento dos corpos vertebrais da coluna dorsolombar consiste na fixação transpedicular e artrodese póstero-lateral após redução da cifose. Objectivos: O objectivo deste estudo é determinar a estabilidade sagital em fracturas esmagamentos da coluna dorsolombar, entre D10 e L5, após artrodese instrumentada, em pacientes sem lesão neurológica. Material e Métodos: Sessenta e seis doentes entraram neste estudo, todos com fracturas entre D10 e L5, ocorridas entre Janeiro de 2005 e Dezembro de 2008 e submetidos a fixação transpedicular e artrodese póstero-lateral instrumentada no serviço de Ortopedia D. Posteriormente, através dos registos radiológicos destes doentes, efectuou-se a medição do ângulo entre os pratos superior e inferior da vértebra fracturada e do ângulo entre o prato inferior da vértebra sobrejacente e o prato superior da vértebra subjacente, recolhendo uma medição para cada um dos seguintes períodos: pré-cirurgia, e após a cirurgia aos 30 dias, aos 6, 12, 18, 24, 36 e 48 meses. Foram então criados dois grupos de casos, um contendo apenas aqueles doentes onde estavam disponíveis registos radiológicos relativos aos primeiros 30 dias após a cirurgia (Grupo 1) e outro contendo todos os doentes, inclusive os do Grupo 1, (Grupo 2). O Grupo 1 continha 19 casos. Então, para cada grupo foram procuradas relações estatisticamente significativas entre o tempo decorrido desde a cirurgia, a vértebra fracturada, o sexo e a idade do doente e a perda de redução da cifose. Resultados: No Grupo 1 apenas foi encontrada uma diferença estatisticamente significativa em fracturas de L1, 12 meses após a cirurgia com uma perda de 8,250⁰ de redução em média (p=0,022). No Grupo 2 obtiveram-se as seguintes perdas de redução com significado estatístico (p<0,05): 14,110⁰ aos 18 meses, 7,050⁰ aos 24 meses, 9,105⁰ aos 36 meses e 13,730⁰ aos 48 meses após a cirurgia. No sexo feminino as perdas foram de 20,420⁰ aos 18 meses, 10,690⁰ aos 24 meses, 15,786⁰ aos 36 meses e 18,119⁰ aos 48 meses. No sexo masculino apenas aos 18 meses houve uma perda significativa de 8,708⁰. Tendo em conta qual a vértebra fracturada, apenas para L1 houve uma perda de redução estatisticamente significativa: 14,110⁰ aos 18 meses, 7,050⁰ aos 24 meses, 9,105⁰ aos 36 e 13,730⁰ aos 48 meses após a cirurgia. No grupo etário dos 30 aos 40 anos verificou-se uma perda de redução de 10,067⁰, 12 meses após a cirurgia, no grupo dos 50 aos 60 anos verificou-se uma perda de redução de 22,860⁰ após 48 meses. Conclusões: Considerando todas as fracturas estudadas, houve uma perda estatisticamente significativa de redução. No sexo feminino, entre os 18 e os 48 meses após a cirurgia, houve uma perda significativa de redução. O mesmo se verificou para fracturas de L1 entre os 12 e os 48 meses. Analisando os grupos etários, encontrou-se uma perda significativa de redução para pacientes entre os 30 e os 40 anos, 12 meses após a cirurgia, e para pacientes entre os 50 e os 60 anos, 48 meses após a cirurgia. |
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Estudo da estabilidade sagital, após artrodese instrumentada por fractura achatamento do corpo vertebral dorso-lombar (D10-L5), sem lesão neurológicaFracturas da coluna vertebralArtroseIntrodução: A técnica cirúrgica mais frequentemente aplicada em fracturas por esmagamento dos corpos vertebrais da coluna dorsolombar consiste na fixação transpedicular e artrodese póstero-lateral após redução da cifose. Objectivos: O objectivo deste estudo é determinar a estabilidade sagital em fracturas esmagamentos da coluna dorsolombar, entre D10 e L5, após artrodese instrumentada, em pacientes sem lesão neurológica. Material e Métodos: Sessenta e seis doentes entraram neste estudo, todos com fracturas entre D10 e L5, ocorridas entre Janeiro de 2005 e Dezembro de 2008 e submetidos a fixação transpedicular e artrodese póstero-lateral instrumentada no serviço de Ortopedia D. Posteriormente, através dos registos radiológicos destes doentes, efectuou-se a medição do ângulo entre os pratos superior e inferior da vértebra fracturada e do ângulo entre o prato inferior da vértebra sobrejacente e o prato superior da vértebra subjacente, recolhendo uma medição para cada um dos seguintes períodos: pré-cirurgia, e após a cirurgia aos 30 dias, aos 6, 12, 18, 24, 36 e 48 meses. Foram então criados dois grupos de casos, um contendo apenas aqueles doentes onde estavam disponíveis registos radiológicos relativos aos primeiros 30 dias após a cirurgia (Grupo 1) e outro contendo todos os doentes, inclusive os do Grupo 1, (Grupo 2). O Grupo 1 continha 19 casos. Então, para cada grupo foram procuradas relações estatisticamente significativas entre o tempo decorrido desde a cirurgia, a vértebra fracturada, o sexo e a idade do doente e a perda de redução da cifose. Resultados: No Grupo 1 apenas foi encontrada uma diferença estatisticamente significativa em fracturas de L1, 12 meses após a cirurgia com uma perda de 8,250⁰ de redução em média (p=0,022). No Grupo 2 obtiveram-se as seguintes perdas de redução com significado estatístico (p<0,05): 14,110⁰ aos 18 meses, 7,050⁰ aos 24 meses, 9,105⁰ aos 36 meses e 13,730⁰ aos 48 meses após a cirurgia. No sexo feminino as perdas foram de 20,420⁰ aos 18 meses, 10,690⁰ aos 24 meses, 15,786⁰ aos 36 meses e 18,119⁰ aos 48 meses. No sexo masculino apenas aos 18 meses houve uma perda significativa de 8,708⁰. Tendo em conta qual a vértebra fracturada, apenas para L1 houve uma perda de redução estatisticamente significativa: 14,110⁰ aos 18 meses, 7,050⁰ aos 24 meses, 9,105⁰ aos 36 e 13,730⁰ aos 48 meses após a cirurgia. No grupo etário dos 30 aos 40 anos verificou-se uma perda de redução de 10,067⁰, 12 meses após a cirurgia, no grupo dos 50 aos 60 anos verificou-se uma perda de redução de 22,860⁰ após 48 meses. Conclusões: Considerando todas as fracturas estudadas, houve uma perda estatisticamente significativa de redução. No sexo feminino, entre os 18 e os 48 meses após a cirurgia, houve uma perda significativa de redução. O mesmo se verificou para fracturas de L1 entre os 12 e os 48 meses. Analisando os grupos etários, encontrou-se uma perda significativa de redução para pacientes entre os 30 e os 40 anos, 12 meses após a cirurgia, e para pacientes entre os 50 e os 60 anos, 48 meses após a cirurgia.Introduction: The surgical technique usually performed in compression and burst fractures of the dorsolumbar column vertebrae consists in transpedicular fixation and postero-lateral arthrodesis after reduction of the kyphosis. Objectives: The objective of this study is to determine the sagittal stability of compression and burst fractures of the dorsolumbar column, between D10 and L5, after instrumented arthrodesis, in patients without neurological damage. Material and Methods: Sixty six patients entered this study, all with fractures between D10 and L5, occurred from January 2005 to December 2008 and subjected to transpedicular fixation and postero-lateral arthrodesis performed in the Ortopedia D service. Afterwards, through the radiologic records of these patients, the angle between the superior and inferior endplates of the fractured vertebra and the angle between the inferior endplate of the vertebra above and the superior endplate of the vertebra below were measured, taking one measurement for each of the following periods of time: pre-surgery, and post-surgery within the first 30 days, 6, 12, 18, 24, 36 and 48 months. Two separate groups were made, one containing only those cases where a measurement within the first 30 days post-surgery was available (Group 1) and another containing all the cases, inclusive those of Group 1 (Group 2). Group 1 contained 19 cases. Then, for each of these groups, statistical relations were searched between time since surgery, fractured vertebra, sex and age of the patient and the loss of reduction. Results: In Group 1 only one statistically significant difference was found for L1 fractures 12 months after surgery, with a mean loss reduction of 8,250⁰ (p=0,022). In Group 2 the following statistically significant losses were found (p<0,05): 14,110⁰ at 18 months, 7,050⁰ at 24 months, 9,105⁰ at 36 months and 13,730⁰ at 48 months after surgery. In the female gender these losses were of 20,420⁰ at 18 months, 10,690⁰ at 24 months, 15,786⁰ at 36 months and 18,119⁰ at 48 months. In the male gender only at 18 months the loss was statistically significant, 8,708⁰. Taking into account the fractured vertebra, only for L1 the loss was statistically significant: 14,110⁰ at 18 months, 7,050⁰ at 24 months, 9,105⁰ at 36 months and 13,730⁰ at 48 months. In the age groups from 30 to 40 and 50 to 60 years there was a statistically significant loss: 10,067⁰ at 12 months and 22,860⁰ at 48 months, respectively. Conclusions: Considering all the fractures studied, there was a statistically significant loss of reduction. Within the female gender, between 18 and 48 months after surgery there was a significant loss of reduction. The same happening for L1 fractures, between 12 and 48 months. Analyzing age groups, revealed a significant loss of reduction for patients between 30 and 40 years, 12 months after surgery, and for those between 50 and 60 years, 48 after surgery.2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/19856http://hdl.handle.net/10316/19856porFernandes, Pedro Miguelinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:44Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/19856Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:29.602163Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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