Os Conflitos Ambientalistas nas Minas Portuguesas (1850–1930)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/10543 |
Resumo: | Os conflitos industriais ocuparam um lugar importante na memória coletiva das comunidades mineiras no passado recente, na literatura e no cinema dedicado a esse universo, constituindo um tópico central da historiografia dedicada à história das relações industriais. O interesse dos historiadores sociais pelo estudo dessas comunidades foi suscitado pela necessidade de compreender comportamentos colectivos inscritos em processos históricos mais vastos de mudança. Menor atenção foi dada aos conflitos externos associados ao desenvolvimento da actividade industrial nas regiões atrasadas e no contexto mais lato da abertura local à economia mundial. Referimo-nos aos conflitos desencadeados pela destruição ou alteração do ecossistema que suportava um modo de vida e uma determinada ordem social anterior, e que frequentemente opuseram os proprietários fundiários, lavradores, ganadeiros, pescadores e populações locais às companhias mineiras. Trataram-se, pois, de conflitos associados a alterações ambientais criadas directamente pela actividade industrial moderna, apesar da ausência de uma consciência ecologista, ou de discursos de tipo tradicionalista ou naturalista que visavam mobilizar uma parte da sociedade contra os demónios da modernidade. |
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Os Conflitos Ambientalistas nas Minas Portuguesas (1850–1930)História SocialConflitos AmbientalistasPortugalSéculos XIX-XXOs conflitos industriais ocuparam um lugar importante na memória coletiva das comunidades mineiras no passado recente, na literatura e no cinema dedicado a esse universo, constituindo um tópico central da historiografia dedicada à história das relações industriais. O interesse dos historiadores sociais pelo estudo dessas comunidades foi suscitado pela necessidade de compreender comportamentos colectivos inscritos em processos históricos mais vastos de mudança. Menor atenção foi dada aos conflitos externos associados ao desenvolvimento da actividade industrial nas regiões atrasadas e no contexto mais lato da abertura local à economia mundial. Referimo-nos aos conflitos desencadeados pela destruição ou alteração do ecossistema que suportava um modo de vida e uma determinada ordem social anterior, e que frequentemente opuseram os proprietários fundiários, lavradores, ganadeiros, pescadores e populações locais às companhias mineiras. Trataram-se, pois, de conflitos associados a alterações ambientais criadas directamente pela actividade industrial moderna, apesar da ausência de uma consciência ecologista, ou de discursos de tipo tradicionalista ou naturalista que visavam mobilizar uma parte da sociedade contra os demónios da modernidade.Instituto de História Contemporânea, Universidade Nova2014-02-05T09:49:00Z2014-02-052013-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10174/10543http://hdl.handle.net/10174/10543porGuimarães, Paulo E. (2013), Os Conflitos Ambientalistas nas Minas Portuguesas (1850–1930). In Bruno Monteiro e Joana Dias Pereira (orgs.), De Pé Sobre a Terra: Estudos Sobre a Indústria, o Trabalho e o Movimento Operário em Portugal. 1ª ed. - Lisboa: Instituto de História Contemporânea, Universidade Nova, 2013, pp. 135-177. - ISBN 9789899817012 - publicação integral disponível no repositório científico da UNL em http://run.unl.pt/handle/10362/11192http://run.unl.pt/handle/10362/11192peg@uevora.pt733Guimarães, Paulo Eduardoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T18:53:33Zoai:dspace.uevora.pt:10174/10543Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:04:27.688719Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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