Cooperação e reputação no jogo do ultimato

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Filomena Marisa Magalhães Abreu
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/33152
Resumo: As sociedades humanas são organizadas em interações cooperativas, e uma vez que a interação com indivíduos desconhecidos é frequente, a reputação tem um papel importante na cooperação. Temos a capacidade de identificar e escolher os melhores parceiros sociais com quem interagir. Perante a necessidade de tomar decisões e a falta de experiência, recorremos à informação de interações passadas dos sujeitos desconhecidos com terceiros, ou seja, tomamos decisões com base na reputação dos parceiros sociais. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da reputação na cooperação. Para tal, recorreu-se a uma versão modificada do Jogo do Ultimato, na qual os participantes jogaram como respondentes, tendo conhecimento da reputação dos proponentes em jogos anteriores. Dado que as preferências sociais são fortemente guiadas por normas sociais e não apenas por recompensas materiais, esperava-se que a reputação dos proponentes favorecesse a justiça em detrimento da maximização de utilidade. Em particular, esperava-se uma taxa de rejeição elevada de ofertas baixas efetuadas por indivíduos com uma reputação alta. Contrariamente ao previsto, o estudo piloto revelou (1) uma taxa de aceitação superior a 50% independentemente do valor da oferta e da reputação do individuo que a fez e (2) uma maior tendência para aceitar ofertas baixas de indivíduos com reputação generosa. Para rejeitar ofertas baixas pode não ser suficiente a perceção de injustiça, podendo existir outros critérios para a tomada de decisão que dependam das inclinações e interesses da pessoa.
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