Crianças (0 aos 8 anos) e tecnologias digitais: que mudanças num ano? Relatório Portugal 2016

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Patrícia
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Brito, Rita
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/22498
Resumo: No ano anterior realizámos um estudo que teve como objetivo explorar o envolvimento de crianças e das suas famílias com tecnologias digitais, no qual entrevistámos 10 famílias. As questões de investigação exploraram a dinâmica entre pais e filhos, e também entre as utilizações e as perceções de crianças e pais relativamente à utilização dos dispositivos, a fim de identificar as atividades digitais e práticas, assim como os benefícios e riscos associados. De modo a dar continuidade a esse trabalho evoluímos para um estudo longitudinal. Assim, voltámos a entrevistar oito das 10 famílias, com o objetivo de perceber se houve alterações, no espaço de um ano, e o porquê dessas alterações. Constatámos assim que as práticas digitais das crianças são semelhantes às do ano anterior: continuam a eleger o tablet como o seu dispositivo favorito e a privilegiar os jogos e consultas no YouTube. Devido a um aumento das suas capacidades de leitura e escrita, conseguem ser mais autónomas nesta utilização, refinando as suas pesquisas, ou seja, ao invés de aceitarem as sugestões do YouTube, pesquisam temas do seu interesse, fazendo-o igualmente no Google. A par deste aumento de competências, reconhecem a web como uma ferramenta relevante para pesquisas, quer escolares como para assuntos do seu interesse. Por sua vez, os pais mostraram perceções mais positivas relativamente à utilização de tecnologias pelos filhos (especialmente pais de nível socioeconómico médio), considerando-as como relevantes para pesquisas escolares e incentivando-os nesse uso. No entanto, em algumas famílias ainda há atritos relativamente ao tempo de utilização das tecnologias pelos filhos, mas menos do que anteriormente. O tipo de mediação difere de família para família e está relacionada com as perceções que os pais têm sobre as tecnologias: os pais que consideram o uso das tecnologias benéfico para questões mais pedagógicas, incentivam este uso pelos filhos, acompanhando-os e apoiando-os, resultando em crianças que percecionam e usam a web como um importante recurso para explorar temas do seu agrado, tanto escolares como pessoais; os pais que não têm uma opinião tão positiva não incentivam este uso, nem para usos pedagógicos, e as crianças tendem a utilizar os dispositivos apenas para atividades lúdicas. As crianças têm ainda poucas perceções de riscos online (imagens explícitas ou contactos com estranhos) ou de segurança digital, e ainda não foram alertadas para tal pela maior parte dos pais. Por outro lado, os pais continuam a preocupar-se com o momento em que estas comecem a utilizar redes sociais.
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