Crianças desaparecidas: análise dos registros de ocorrências no Estado de Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oechsler, Deize Mari
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/6876
Resumo: O desaparecimento de pessoas é um fato grave e crescente, que gera consequências tanto na vítima, quanto nos familiares e na sociedade. Quando o fenômeno envolve crianças, a repercussão é ainda maior, por isso, o tema precisa ser tratado com total prioridade e ações de buscas e medidas preventivas precisam ser implementadas. Embora não se tenham dados oficiais, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que no Brasil, entre os anos de 2007 a 2016, ocorreram 694.007 registros de ocorrências de desaparecimentos de pessoas, sendo 27.578 no Estado de Santa Catarina, o que denota a magnitude do problema. Neste sentido, o presente trabalho, por meio de uma pesquisa descritiva (quanto ao objetivo) e caracterizada como estudo documental (quanto ao procedimento), analisou informações obtidas nas bases de dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Santa Catarina. O objetivo foi analisar o fenômeno do desaparecimento de crianças no Estado entre os anos de 2014 e 2016, a fim de traçar o perfil destes indivíduos, as circunstâncias em que o fato ocorreu, a região e o número de casos não resolvidos. Como resultado, constatou-se que a maioria das vítimas é do sexo masculino e com idades de 10 a 11 anos. Quanto à etnia, a maioria dos desaparecidos é branca, muito embora em 63% dos casos este dado não foi informado no boletim de ocorrência. Foi possível observar também que em 62 % dos casos, quem faz a notificação do desaparecimento foi a mãe da criança. Finalmente, a análise dos boletins de ocorrência revelou que há muitas notificações incorretas, por não se tratarem exatamente de um desaparecimento e, no caso duma pessoa estar desaparecida, as informações prestadas são incompletas, o que acaba por dificultar o trabalho das autoridades na recuperação dessas crianças.
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