Variações da temperatura de superfície e produtividade oceânicas ao largo da Margem Ibérica durante os últimos 20.000 anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alberto, Ana Isabel
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.9/1863
Resumo: Este trabalho teve como objectivo a reconstrução detalhada da temperatura superficial do oceano (SST) e produtividade oceânica ao largo da margem Ibérica, ao longo dos últimos 20 ka. Foram analisadas amostras de sedimento da sondagem de pistão Calypso MD01-2446 (39º03.36’N, 12º37.44’W; 3547 m) colhida na vertente sudeste do monte submarino do Tore, situada a 300 km a oeste de Portugal. Foram quantificados foraminíferos planctónicos e bênticos em 56 amostras. As variações de SST e produtividade exportada foram calculadas usando a técnica de função de transferência SIMMAX 28 de Pflaumann et al. (1996) e uma versão alargada da base de dados de Salgueiro et al. (2010). A SST reconstruída para os últimos 20 ka varia entre os 10 e os 21,7 ºC e a produtividade exportada de Verão varia entre os 31,5 e os 95,2 gC/m2/a. O Holocénico é marcado por uma SST de Verão relativamente quente, acima de 20 ºC, e pode ser dividido em 3 fases, com uma SST um pouco mais fria antes e depois de um período quente entre os 7,7 e os 3,7 ka BP. Este período quente coincidiu com os valores mínimos de produtividade exportada. Entre 13,3 e 12 ka BP ocorreu um período mais frio (mínimo de 10 ºC), com aumento dos valores de produtividade exportada (máximo de 89,9 gC/m2/a). As tendências observadas no core MD01-2446 estão, em geral, de acordo com o registo de baixa resolução da sondagem D11957P, também localizada no monte submarino do Tore (39º03’N, 12º35’W, Lebreiro et al., 1997). A evolução climática durante o Holocénico registada pela sondagem MD01-2446 é semelhante à encontrada em sondagens localizadas ao largo de Sines (37º47.99N, 10º9.99’W, Salgueiro et al., 2010), embora tenha registado maior arrefecimento durante o Younger Dryas que as sondagens costeiras da margem Portuguesa e o evento de Heinrich 1 tenha sido mais quente.
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