Síndrome de fragilidade e resultados adversos consequentes da institucionalização: um estudo de caso numa ERPI
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/42379 |
Resumo: | A síndrome de fragilidade (SF) é uma das síndromes geriátricas mais prevalentes na sociedade, resultado da acumulação de défices clínicos e estritamente relacionados com o envelhecimento. A presença desta síndrome nas pessoas idosas tem sido assinalada como preditor de institucionalização, enquanto o próprio processo de institucionalização tem sido visto como um preditor de fragilidade. De facto, a institucionalização é considerada um fator facilitador para a ocorrência de resultados adversos para a saúde. O presente estudo objetivou analisar a prevalência de resultados adversos de acordo com o grau de fragilidade de pessoas idosas institucionalizadas. Para isso recorreu-se ao estudo de caso realizado numa estrutura residencial para pessoas idosas com uma amostra de 29 pessoas idosas. A recolha de dados decorreu de novembro de 2021 a fevereiro de 2022 e utilizaram-se os seguintes instrumentos: o questionário sociodemográfico, o Índice de Comorbidade de Charlson, o Índice de Barthel, a Escala Clínica de Fragilidade e a checklist de resultados adversos. Os dados foram analisados através de análise descritiva e testes de hipóteses. Os resultados mostram que a prevalência de pessoas idosas frágeis na instituição é de 79,3%, enquanto a de não frágeis é de 20,7%. Dentre os resultados adversos mais prevalentes evidenciou-se as infeções do trato urinário (55,2%), o uso de contenção física (37,9%), o declínio funcional (34,5%) e o declínio cognitivo (27,6%). Os dados obtidos na fragilidade quanto às características da amostra, revelam uma correlação estatisticamente significativa com o índice de Barthel, com o índice de comorbidade de Charlson e com a tomada de decisão de institucionalização por terceiros. Quanto aos resultados adversos, observa-se uma correlação com o tempo de perda de peso, o uso de contenção física e as infeções do trato urinário. A elevada prevalência da SF, bem como a sua relação com resultados adversos para a saúde, em especial, em pessoas idosas institucionalizadas releva a importância de identificar esta síndrome e implementar estratégias que visem a sua prevenção e/ou progressão. |
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A síndrome de fragilidade (SF) é uma das síndromes geriátricas mais prevalentes na sociedade, resultado da acumulação de défices clínicos e estritamente relacionados com o envelhecimento. A presença desta síndrome nas pessoas idosas tem sido assinalada como preditor de institucionalização, enquanto o próprio processo de institucionalização tem sido visto como um preditor de fragilidade. De facto, a institucionalização é considerada um fator facilitador para a ocorrência de resultados adversos para a saúde. O presente estudo objetivou analisar a prevalência de resultados adversos de acordo com o grau de fragilidade de pessoas idosas institucionalizadas. Para isso recorreu-se ao estudo de caso realizado numa estrutura residencial para pessoas idosas com uma amostra de 29 pessoas idosas. A recolha de dados decorreu de novembro de 2021 a fevereiro de 2022 e utilizaram-se os seguintes instrumentos: o questionário sociodemográfico, o Índice de Comorbidade de Charlson, o Índice de Barthel, a Escala Clínica de Fragilidade e a checklist de resultados adversos. Os dados foram analisados através de análise descritiva e testes de hipóteses. Os resultados mostram que a prevalência de pessoas idosas frágeis na instituição é de 79,3%, enquanto a de não frágeis é de 20,7%. Dentre os resultados adversos mais prevalentes evidenciou-se as infeções do trato urinário (55,2%), o uso de contenção física (37,9%), o declínio funcional (34,5%) e o declínio cognitivo (27,6%). Os dados obtidos na fragilidade quanto às características da amostra, revelam uma correlação estatisticamente significativa com o índice de Barthel, com o índice de comorbidade de Charlson e com a tomada de decisão de institucionalização por terceiros. Quanto aos resultados adversos, observa-se uma correlação com o tempo de perda de peso, o uso de contenção física e as infeções do trato urinário. A elevada prevalência da SF, bem como a sua relação com resultados adversos para a saúde, em especial, em pessoas idosas institucionalizadas releva a importância de identificar esta síndrome e implementar estratégias que visem a sua prevenção e/ou progressão. |
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