Intencionalidade psicológica em investigação: dar voz a crianças sobre a sua tristeza
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25755/int.346 |
Resumo: | Ao longo da infância, um dos factores protectores consiste na criança possuir alguém em quem confie e que lhe comunique verbalmente (com clareza) acreditar na sua capacidade e possibilidade. E caso se pretenda atingir o seu íntimo com a intenção de a confrontar, educando, e de a levar a desenvolver-se, passar-se-á pela relação como desafio positivo, antecedida de um tipo de perturbação psicológica. Todos somos aprendizes, quando vivamos situações de «andaimagem» (scaffolding) que desafiem a estabilidade. A investigação psicológica integra a colaboração individual com cerca de 100 crianças para sabermos modos diversos de lidarem com desencorajamento e frustração, nas idades de frequentarem o jardim-de-infância e o ensino básico, 1º ciclo. Com base na experiência «vivida» e na fantasia criativa das crianças, elas conversaram, escreveram e/ou realizaram desenhos, o que veio a constituir dados qualitativos. Outra decisão foi valorizar-se o contexto de descoberta. A orientação metodológica foi construir teoria em alternativa a testar uma teoria, o que não impediu aprofundar-se uma teoria contextual do significado - Análise Textual, porque se presume que a personalidade é forjada segundo padrões narrativos: todos nós definirmos finalidades para protagonistas humanos e chegamos a forçá-los a reagirem de modo específico, em imaginação. A forma mais eloquente de recriarmos versões do mundo chamou-se Narrativa. Nessa abordagem à Psicologia, os dados são «textos», optando-se por interpretá-los com técnicas da metodologia qualitativa Grounded Analysis: construção de categorias a posteriori e de diagramas. Evidenciaram-se sequências narrativas e momentos significativos de leves tristezas, perdas de afecto reais ou antecipadas. |
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Intencionalidade psicológica em investigação: dar voz a crianças sobre a sua tristezaNúmero 7 - A construção de conhecimento enquanto empreendimento dialógico/interactivo II.Ao longo da infância, um dos factores protectores consiste na criança possuir alguém em quem confie e que lhe comunique verbalmente (com clareza) acreditar na sua capacidade e possibilidade. E caso se pretenda atingir o seu íntimo com a intenção de a confrontar, educando, e de a levar a desenvolver-se, passar-se-á pela relação como desafio positivo, antecedida de um tipo de perturbação psicológica. Todos somos aprendizes, quando vivamos situações de «andaimagem» (scaffolding) que desafiem a estabilidade. A investigação psicológica integra a colaboração individual com cerca de 100 crianças para sabermos modos diversos de lidarem com desencorajamento e frustração, nas idades de frequentarem o jardim-de-infância e o ensino básico, 1º ciclo. Com base na experiência «vivida» e na fantasia criativa das crianças, elas conversaram, escreveram e/ou realizaram desenhos, o que veio a constituir dados qualitativos. Outra decisão foi valorizar-se o contexto de descoberta. A orientação metodológica foi construir teoria em alternativa a testar uma teoria, o que não impediu aprofundar-se uma teoria contextual do significado - Análise Textual, porque se presume que a personalidade é forjada segundo padrões narrativos: todos nós definirmos finalidades para protagonistas humanos e chegamos a forçá-los a reagirem de modo específico, em imaginação. A forma mais eloquente de recriarmos versões do mundo chamou-se Narrativa. Nessa abordagem à Psicologia, os dados são «textos», optando-se por interpretá-los com técnicas da metodologia qualitativa Grounded Analysis: construção de categorias a posteriori e de diagramas. Evidenciaram-se sequências narrativas e momentos significativos de leves tristezas, perdas de afecto reais ou antecipadas.Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém2007-11-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25755/int.346por1646-2335Zamith-Cruz, Juditeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-02T18:08:39Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/346Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:47:34.871114Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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