Diagnóstico da biodeterioração por fungos e bactérias nas pinturas murais da Casa de Fresco de Sanches Baena (Vila Viçosa, Portugal)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, M. Rosário
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Fialho, Susana, Lima, Mónica, Valadas, Sara, Candeias, António, Mirão, J., Silva, A. S., Tavares, Deolinda, Botto, M.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/6069
Resumo: A Casa de Fresco de Sanches Baena, situada em Vila Viçosa (Sudeste de Portugal), é uma pequena construção semi-subterrânea, de planta quadrangular,anexa à nora do antigo Palácio dos Sanches Baena. Os frescos que cobrem a sua abóbada e paredes apresentam cenas mitológicas ricas conjugadas com anjos musicais, conchas, porcelana e outros elementos decorativos, os quais fazem dela um exemplar especialmente rico e invulgar.As pinturas apresentam uma policromia intensa que sugere o uso de uma paleta rica composta por diferentes pigmentos. Infelizmente, devido ao abandono parcial e à falta de preservação, as pinturas estão num estado avançado de degradação sendo visível o destacamento de camadas pictóricas e argamassas, eflorescências salinas e uma abundante colonização microbiológica. Com este trabalho pretende-se identificar as diferentes populações microbianas presentes e avaliar a sua importância na deterioração destas pinturas. O estudo microbiológico foi efectuado em amostras recolhidas de zonas visivelmente contaminadas, utilizando zaragatoas e bisturis estéreis, por cultura em meios selectivos e observação por microscopia óptica e electrónica. Este estudo permitiu isolar 32 estirpes bacterianas e 34 fúngicas nos quatro painéis de frescos.As estirpes bacterianas predominantes foram as estirpes Gram+ do género Bacillus existindo também um elevado número de estirpes Gramdo género Pseudomonas. Entre as estirpes fúngicas predominantes destacam-se as estirpes de Cladosporium spp. e Penicillium spp. Para avaliação da biodeterioração procedeu-se também à quantificação da actividade da desidrogenase em zonas de reboco degradadas, como biomarcador da presença de microrganismos vivos. Paralelamente, para caracterização da actividade da desidrogenase, procedeu-se à sua quantificação em culturas de uma das estirpes predominantes isolada de um dos painéis com deterioração. Nas zonas degradadas analisadas foi detectada uma forte actividade desidrogenase, pelo que esta enzima parece ser um bom marcador da biodeterioração.
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