A eficácia a longo prazo dos antidepressivos na depressão: revisão sistemática.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Joana Raquel Martins
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11328/1065
Resumo: Objetivo: Avaliar a eficácia de longo prazo dos antidepressivos no tratamento da perturbação depressiva major e/ou perturbação distímica. Métodos de Pesquisa: Realização de pesquisa eletrónica via EBSCO nas seguintes bases de dados com restrição de língua: Academic Search Complete; CINAHL Plus; MedicLatina; MedLine; PsycArticles; Psychology and Behavioral Sciences Collection; PsycINFO; SocINDEX; e SportDiscus. Critérios de Seleção: Todos os estudos randomizados e com grupo de controlo (RCTs) de período igual ou superior a um ano após a randomização, entre antidepressivos versus placebo, em pacientes diagnosticados com perturbação depressiva major e/ou perturbação distímica, na ausência de episódios de mania e/ou hipomania e outras comorbilidades. Recolha e Análise dos Dados: Os estudos incluídos foram inspecionados por dois autores. Foi avaliada a qualidade metodológica do risco de viés de diferentes parâmetros do estudo, tendo por base as diretrizes da Cochrane Collaboration. Os resultados avaliados foram: mortalidade, estado global, estado mental e efeitos secundários. Resultados: Num total de 4225 resultados obtidos, 10 preencheram os critérios de inclusão. Todos os estudos demonstraram a capacidade de prevenção de recaídas/recorrências dos antidepressivos, quando comparados com o placebo. A diferença da taxa média entre antidepressivos versus placebo: por recaída/recorrência foi de 23%; por abandono do tratamento por outras razões que não por recaída/recorrência foi de 3%; e a proporção de participantes que não completaram o estudo foi de 24%. Todos os estudos incluídos apresentam lacunas metodológicas nos diferentes parâmetros analisados (e.g. inclusão apenas dos participantes que manifestaram benefício clínico do tratamento antidepressivo, num momento antecedente ao estudo; presença de conflito de interesses). Conclusão: Perante os resultados obtidos na atual revisão, considera-se que ainda não existem evidências claras e confiáveis sobre a eficácia a longo prazo do tratamento antidepressivo na depressão.
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