O cuidado à saúde nas vozes de pessoas adultas idosas com VIH/SIDA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/4288 |
Resumo: | Estudos recentes têm demonstrado que, nos últimos anos, a infecção por VIH tem aumentado nas pessoas com mais de cinquenta anos. Com uma esperança de vida aumentada, estas pessoas viram-se confrontadas com necessidades económicas, psicológicas, familiares e sociais, que até então, aos olhos dos profissionais de saúde, não eram consideradas prioritárias. Perante esta realidade, realizámos este estudo com o objectivo de conhecer as vivências de cuidado à saúde de pessoas adultas idosas com VIH/SIDA. Para a abordagem do tema recorremos à pesquisa qualitativa, com foco na história oral. Os(as) participantes do estudo foram 18 pessoas adultas idosas com VIH/SIDA, sendo onze homens e sete mulheres. A recolha de dados foi realizada através de entrevista semi-estruturada, tendo sido respeitados os princípios éticos. A análise dos dados englobou três etapas: organização, classificação, e interpretação dos dados. Para este processo recorremos ao programa QSR NVivo. Com base na análise dos dados, emergiram três categorias: O diagnóstico de VIH/SIDA enquanto realidade difícil de ser vivida; cuidado à saúde na vivência de pessoas adultas/idosas com VIH/SIDA; e significados do cuidado em saúde. Como principais resultados constatámos que as pessoas adultas idosas viviam uma vida de inseguranças e medos face a um futuro incerto. O receio de compartilharem o diagnóstico levou-as a viver uma vida solitária, com apoio social reduzido. Nas vivências de cuidado à saúde sobressaíram as consultas de vigilância e os internamentos. O cuidado à saúde caracterizou-se por ser multiprofissional, centrado na doença e na remissão dos sintomas. Na generalidade, os(as) participantes encontravam-se satisfeitos com o cuidado à saúde. O médico ocupou o centro no cuidado à saúde, tendo os demais profissionais, pouca visibilidade. Os significados do cuidado abrangeram três dimensões: cognitiva, afectiva/relacional e técnico/instrumental. A maior ênfase do cuidado recaiu nas dimensões técnico-instrumental e afectivo-relacional. Na primeira, a ênfase foi nas análises sanguíneas e no tratamento medicamentoso. Já na segunda, houve destaque para a demonstração de afectividade, atenção e respeito, criação de vínculos de confiança e proximidade, presteza no atendimento e comunicação efectiva. A dimensão cognitiva foi a que teve menos relevância neste estudo, com foco somente no repasse de informação. Na dimensão cognitiva, a educação em saúde não foi valorizada pelos profissionais de saúde. Com este estudo, pretendemos dar a conhecer as vivências de cuidado à saúde e alertar os profissionais de saúde para a necessidade de um cuidado integral, que abarque a unicidade e diversidade do ser humano no seu contexto de vida. |
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A análise dos dados englobou três etapas: organização, classificação, e interpretação dos dados. Para este processo recorremos ao programa QSR NVivo. Com base na análise dos dados, emergiram três categorias: O diagnóstico de VIH/SIDA enquanto realidade difícil de ser vivida; cuidado à saúde na vivência de pessoas adultas/idosas com VIH/SIDA; e significados do cuidado em saúde. Como principais resultados constatámos que as pessoas adultas idosas viviam uma vida de inseguranças e medos face a um futuro incerto. O receio de compartilharem o diagnóstico levou-as a viver uma vida solitária, com apoio social reduzido. Nas vivências de cuidado à saúde sobressaíram as consultas de vigilância e os internamentos. O cuidado à saúde caracterizou-se por ser multiprofissional, centrado na doença e na remissão dos sintomas. Na generalidade, os(as) participantes encontravam-se satisfeitos com o cuidado à saúde. 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Com este estudo, pretendemos dar a conhecer as vivências de cuidado à saúde e alertar os profissionais de saúde para a necessidade de um cuidado integral, que abarque a unicidade e diversidade do ser humano no seu contexto de vida.Recent studies have shown that in the last years, the HIV infection has risen in people over fifty years old. With an increased life expectancy, these people have been confronted with economical, psychological, familiar and social needs, which have so far not been considered as priority by the health care professionals. Facing this reality, this study has the objective to know the living experiences in the health care services of elderly adult people with HIV/AIDS. To approach the subject we used a qualitative research, focusing on oral history. The participants in the study were 18 elderly adults with HIV/AIDS, eleven men and seven women. Data collection was conducted through semi-structured interviews, respecting the ethical principles. Data analysis included three steps: organizing, classifying and interpreting data. For this process we used the program QSR NVivo. Based on the data analysis, three categories were revealed: The diagnosis of HIV/AIDS as a difficult reality to be lived; health care experience in adult / elderly women with HIV/AIDS and then meanings of health care. As the main results we found that the elderly adults lived a life of insecurity and fear as they face an uncertain future. The fear of sharing the diagnosis led them to live a lonely life, with reduced social support. In the experiences in health care the queries highlighted the surveillance and internments. The health care was characterized by being a multidisciplinary approach, and focused on the disease and symptom remission. In general, the participants were satisfied with their health care. The doctor took a central role in health care, and the other professionals‟ activity was less referred by the participants. The meanings of care covered three dimensions: cognitive, affective / relational and technical/instrumental. The main emphasis of care fell on the technical-instrumental and affective-relational dimensions. At the first dimension, the emphasis was on blood tests and medication. In the second one, the emphasis was on the demonstration of affection, attention and respect, creating bonds of trust and closeness, promptness in service and effective communication. The cognitive dimension was the one that had less relevance in this study, focusing only on the transfer of information. In this dimension, we concluded that health education was not valued by health professionals. With this study, we intend to publicize the experiences of health care and to alert health professionals to the need for a comprehensive care that encompasses the uniqueness and diversity of human beings in the context of their lives.Universidade de Aveiro2011-11-08T11:34:13Z2010-01-01T00:00:00Z2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/4288porSilvestre, Teresa Maria Coelhoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:04:50Zoai:ria.ua.pt:10773/4288Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:42:19.757416Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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