Santarém e a Reconquista: a tomada da cidade em 1147

• Autor(a) principal: Carvalho, João Diogo Rodrigues de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/51698
• topic: Domínio/Área Científica::Humanidades::História e Arqueologia

A presente dissertação debruça-se sobre a tomada de Santarém, que ocorreu na madrugada de 15 de março de 1147. O trabalho foi dividido em três capítulos, cada um com a sua própria temática e metodologia. Assim sendo, o primeiro capítulo é sobretudo introdutório, dando a conhe-cer, de forma muito genérica, o processo da Reconquista em território português desde a conquista definitiva de Coimbra (1064) até 1146, ano da véspera da tomada de Santarém. Para além disso, recorrendo às fontes árabes, procedeu-se também ao levantamento da ocupação muçulmana em toda a linha do Tejo durante o período em estudo, terminado com a análise dos exércitos cristãos e muçulmanos e respetivas estruturas defensivas. O segundo capítulo procura já entrar na principal temática do trabalho. Nele pre-tendemos abordar a importância geoestratégica de Santarém no plano da Reconquista, ao mesmo tempo que fazemos o estudo das suas estruturas e sistemas defensivos à data da conquista desta praça. Os preparativos para o assalto também são abordados neste capí-tulo. Por fim, o terceiro e último capítulo trata do assalto à vila escalabitana, dando a conhecer a viagem que o exército cristão tomou desde Coimbra até Santarém, assim como toda a ação militar que se desenrolou na dita madrugada e as suas consequências para o futuro da Reconquista em território português. A partir deste estudo concluímos que a tomada de Santarém marca uma mudança estratégica de Afonso Henriques, assim como uma mudança na arte de fazer a guerra em território português. Para além disso, e ao contrário do que se poderia pensar, Santarém não possuiria, afinal, muitas estruturas defensivas. O exército cristão que conquista a ci-dade escalabitana seria pequeno e não contaria com as principais figuras nobres, pelo que o sucesso deveu-se principalmente à missão de reconhecimento de Mem Ramires, o ver-dadeiro “cérebro” de toda a operação. Por fim, a tomada de Santarém permitiu os futuros ataques sobre Lisboa e além-Tejo e ainda consolidar a presença cristã na linha do Tejo.