Caracterização preliminar de argamassas da villa romana da Horta da Torre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ditta, A
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Moita, Patrícia, Galacho, Cristina, Carneiro, André, Mirão, José, Candeias, António
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/22419
Resumo: A villa romana da Horta da Torre localiza-se em Cabeço de Vide (Concelho de Fronteira) e tem vindo a ser alvo de várias campanhas de escavação desde 2012. A villa reveste-se de especial importância e singularidade por nela ter sido identificado um stibadium que estaria associado a um reservatório de água que permitiria inundar o piso do triclinium [1]. No sentido de melhor compreender as várias estruturas deste complexo habitacional do século IV, foram estudadas várias amostras de argamassas com base na sua função construtiva; argamassas de enchimento, argamassas associadas a tesselas assim como reboco associado a camada cromática. As amostras foram analisadas por microscopia ótica e difração de raios-X para determinação da textura e composição mineralógica. Outras técnicas convencionais como o ataque ácido seguido de análise granulométrica e análise termogravimétrica foram realizadas para determinação da quantidade de ligante. As análises por microscopia eletrónica de varrimento com espectroscopia por dispersão de energia de raios-X permitiram a caracterização composicional das fases minerais, composição do ligante e realçar alguns aspetos texturais. Ainda que preliminares os dados indicam alguma especificidade nas diferentes argamassas estudadas. As amostras com camada cromática mostraram que o pigmento vermelho foi aplicado diretamente sobre argamassa sem uma camada preparatória. Por outro lado as tesselas, nomeadamente de vidro colorido e calcário oolítico, são incorporados em camadas espessas de cal. As argamassas associadas a um pequeno tanque de água apresentam muitos fragmentos de cerâmica, sendo que as restantes argamassas de enchimento não apresentam este aditivo. As argamassas provenientes das paredes externa e internas do reservatório por detrás do stibadium possuem as mesmas características em termos de composição do ligante, traço e agregados apontando para uma edificação num só momento. Os resultados nas amostras classificadas mostraram grande variabilidade em termos de matérias-primas mas sempre compatíveis com a geologia da região.
id RCAP_c449bd0f5f3543ce59a6228c0d78be01
oai_identifier_str oai:dspace.uevora.pt:10174/22419
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Caracterização preliminar de argamassas da villa romana da Horta da TorreVilla Romana da Horta da TorreArgamassa históricasCaracterizaçãoA villa romana da Horta da Torre localiza-se em Cabeço de Vide (Concelho de Fronteira) e tem vindo a ser alvo de várias campanhas de escavação desde 2012. A villa reveste-se de especial importância e singularidade por nela ter sido identificado um stibadium que estaria associado a um reservatório de água que permitiria inundar o piso do triclinium [1]. No sentido de melhor compreender as várias estruturas deste complexo habitacional do século IV, foram estudadas várias amostras de argamassas com base na sua função construtiva; argamassas de enchimento, argamassas associadas a tesselas assim como reboco associado a camada cromática. As amostras foram analisadas por microscopia ótica e difração de raios-X para determinação da textura e composição mineralógica. Outras técnicas convencionais como o ataque ácido seguido de análise granulométrica e análise termogravimétrica foram realizadas para determinação da quantidade de ligante. As análises por microscopia eletrónica de varrimento com espectroscopia por dispersão de energia de raios-X permitiram a caracterização composicional das fases minerais, composição do ligante e realçar alguns aspetos texturais. Ainda que preliminares os dados indicam alguma especificidade nas diferentes argamassas estudadas. As amostras com camada cromática mostraram que o pigmento vermelho foi aplicado diretamente sobre argamassa sem uma camada preparatória. Por outro lado as tesselas, nomeadamente de vidro colorido e calcário oolítico, são incorporados em camadas espessas de cal. As argamassas associadas a um pequeno tanque de água apresentam muitos fragmentos de cerâmica, sendo que as restantes argamassas de enchimento não apresentam este aditivo. As argamassas provenientes das paredes externa e internas do reservatório por detrás do stibadium possuem as mesmas características em termos de composição do ligante, traço e agregados apontando para uma edificação num só momento. Os resultados nas amostras classificadas mostraram grande variabilidade em termos de matérias-primas mas sempre compatíveis com a geologia da região.livro de resumos do “1º simpósio ibérico A cal na arte e no património edificado”, P. Monteiro e M. Gil (editores), Universidade de Évora, Portugal (2017)2018-02-21T15:40:13Z2018-02-212017-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://hdl.handle.net/10174/22419http://hdl.handle.net/10174/22419porhttp://hercules.uevora.pt/cal/documents/BookOfAbstracts.pdfnaonaosimad.ar26@hotmail.compmoita@uevora.ptpcg@uevora.ptampc@uevora.ptjmirao@uevora.ptcandeias@uevora.pt304Ditta, AMoita, PatríciaGalacho, CristinaCarneiro, AndréMirão, JoséCandeias, Antónioinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T19:13:47Zoai:dspace.uevora.pt:10174/22419Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:13:30.211739Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Caracterização preliminar de argamassas da villa romana da Horta da Torre
title Caracterização preliminar de argamassas da villa romana da Horta da Torre
spellingShingle Caracterização preliminar de argamassas da villa romana da Horta da Torre
Ditta, A
Villa Romana da Horta da Torre
Argamassa históricas
Caracterização
title_short Caracterização preliminar de argamassas da villa romana da Horta da Torre
title_full Caracterização preliminar de argamassas da villa romana da Horta da Torre
title_fullStr Caracterização preliminar de argamassas da villa romana da Horta da Torre
title_full_unstemmed Caracterização preliminar de argamassas da villa romana da Horta da Torre
title_sort Caracterização preliminar de argamassas da villa romana da Horta da Torre
author Ditta, A
author_facet Ditta, A
Moita, Patrícia
Galacho, Cristina
Carneiro, André
Mirão, José
Candeias, António
author_role author
author2 Moita, Patrícia
Galacho, Cristina
Carneiro, André
Mirão, José
Candeias, António
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ditta, A
Moita, Patrícia
Galacho, Cristina
Carneiro, André
Mirão, José
Candeias, António
dc.subject.por.fl_str_mv Villa Romana da Horta da Torre
Argamassa históricas
Caracterização
topic Villa Romana da Horta da Torre
Argamassa históricas
Caracterização
description A villa romana da Horta da Torre localiza-se em Cabeço de Vide (Concelho de Fronteira) e tem vindo a ser alvo de várias campanhas de escavação desde 2012. A villa reveste-se de especial importância e singularidade por nela ter sido identificado um stibadium que estaria associado a um reservatório de água que permitiria inundar o piso do triclinium [1]. No sentido de melhor compreender as várias estruturas deste complexo habitacional do século IV, foram estudadas várias amostras de argamassas com base na sua função construtiva; argamassas de enchimento, argamassas associadas a tesselas assim como reboco associado a camada cromática. As amostras foram analisadas por microscopia ótica e difração de raios-X para determinação da textura e composição mineralógica. Outras técnicas convencionais como o ataque ácido seguido de análise granulométrica e análise termogravimétrica foram realizadas para determinação da quantidade de ligante. As análises por microscopia eletrónica de varrimento com espectroscopia por dispersão de energia de raios-X permitiram a caracterização composicional das fases minerais, composição do ligante e realçar alguns aspetos texturais. Ainda que preliminares os dados indicam alguma especificidade nas diferentes argamassas estudadas. As amostras com camada cromática mostraram que o pigmento vermelho foi aplicado diretamente sobre argamassa sem uma camada preparatória. Por outro lado as tesselas, nomeadamente de vidro colorido e calcário oolítico, são incorporados em camadas espessas de cal. As argamassas associadas a um pequeno tanque de água apresentam muitos fragmentos de cerâmica, sendo que as restantes argamassas de enchimento não apresentam este aditivo. As argamassas provenientes das paredes externa e internas do reservatório por detrás do stibadium possuem as mesmas características em termos de composição do ligante, traço e agregados apontando para uma edificação num só momento. Os resultados nas amostras classificadas mostraram grande variabilidade em termos de matérias-primas mas sempre compatíveis com a geologia da região.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-01-01T00:00:00Z
2018-02-21T15:40:13Z
2018-02-21
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10174/22419
http://hdl.handle.net/10174/22419
url http://hdl.handle.net/10174/22419
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://hercules.uevora.pt/cal/documents/BookOfAbstracts.pdf
nao
nao
sim
ad.ar26@hotmail.com
pmoita@uevora.pt
pcg@uevora.pt
ampc@uevora.pt
jmirao@uevora.pt
candeias@uevora.pt
304
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv livro de resumos do “1º simpósio ibérico A cal na arte e no património edificado”, P. Monteiro e M. Gil (editores), Universidade de Évora, Portugal (2017)
publisher.none.fl_str_mv livro de resumos do “1º simpósio ibérico A cal na arte e no património edificado”, P. Monteiro e M. Gil (editores), Universidade de Évora, Portugal (2017)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136616781971456