Transição da administração local para a sociedade digital:estudo de caso da União das Freguesias de Setúbal

• Autor(a) principal: Duarte, Miraldina Maria Sanches Ximenes
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/32998
• topic: Sociedade da Informação e do Conhecimento; Poder Local; Freguesias; Information Society and Knowledge; Local Power; Parishes

Após a Sociedade Industrial seguiu-se a Sociedade de Informação e do Conhecimento, que trouxe uma Era de alterações ao nível da difusão da informação. Estamos a evoluir para uma Era em que deter o conhecimento da informação é cada vez mais um fator de vantagem competitiva. Segundo Drucker (1993), a informação tornou-se tão importante que é a base e a razão para um novo tipo de gestão, em que no curto prazo permitiu a troca do binómio capital/trabalho pelo binómio informação/conhecimento como fatores determinantes no sucesso empresarial. Cada vez mais, a informação difundida através das redes digitais, têm um impacto fundamental ao nível do bem-estar social, face ao leque de oportunidades oferecidas pela economia digital e pelas novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), com impactos profundos em vários domínios, nomeadamente, no trabalho, educação, saúde, lazer, e aumento da qualidade e eficiência dos serviços públicos. A criação de uma Administração Pública mais eficiente, mais eficaz, mais transparente e capaz de prestar serviços públicos com maior nível de qualidade e de forma integrada ao cidadão constitui um dos grandes objetivos e simultaneamente, um dos grandes desafios com que se confrontam os profissionais da administração pública. Para superar os desafios, a hierarquia deve ter a capacidade de conseguir identificar as lacunas dentro da própria Administração Pública para que esta funcione. Em que todos os sistemas de informação se integrem o mais eficiente e consequentemente, aumentar a eficácia e eficiência em prol do cidadão. Contudo, se por um lado, o nível da sua utilização é superior nas entidades privadas, sendo que as entidades públicas têm uma menor predisposição ao seu pleno uso e à consequente adoção de novos procedimentos, por outro lado, verifica-se uma enorme dificuldade de utilização das novas ferramentas por parte da grande maioria da população, mormente a mais envelhecida e menos instruída. Cabe ao Estado o papel social de evitar a infoexclusão, mediante a aplicação de medidas dirigidas à população em risco. Tais medidas deverão poder ser aplicadas pelos órgãos governamentais mais próximos da população-alvo, i.e., as Freguesias. Neste sentido importa refletir acerca do contributo do Poder Local para a Sociedade de Informação e Conhecimento. O objetivo deste estudo incidirá na análise da transição das autarquias para a sociedade digital.