Incidência de fratura da extremidade proximal do fémur em mulheres pós-menopáusicas e a mortalidade pós-evento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paiva, Sara Francisca Presas
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8086
Resumo: Introdução: A osteoporose (OP) é uma patologia que afeta sobretudo indivíduos do sexo feminino. Caracteriza-se pela diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura óssea, elevando o risco de fraturas de baixo impacto, as quais ocorrem maioritariamente em mulheres após a menopausa e em idosos de ambos os sexos. A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULS-CB) localiza-se numa região que apresenta um índice de envelhecimento significativo e uma prevalência dessa patologia de 10,9%. Com o aumento da esperança de vida e consequente envelhecimento populacional, prevê-se um aumento dessa prevalência e da incidência de fraturas de baixo impacto. Objetivo: Calcular as taxas de incidência de fratura da extremidade proximal do fémur (FEPF) de baixo impacto e de mortalidade pós-evento em mulheres pós-menopáusicas e avaliar a sua associação com parâmetros relativos à doente, ao quadro clínico e aos cuidados relacionados com a OP prestados antes, durante e após o evento. Materiais e métodos: Estudo observacional, retrospetivo, longitudinal e analítico de mulheres com idade igual ou superior a 65 anos, internadas por FEPF de baixo impacto no Serviço de Ortopedia da ULS-CB, entre janeiro 2014 e dezembro 2015. Recolheram-se os dados através da consulta de processos clínicos, foram analisados através de estatística descritiva e posteriormente realizaram-se testes estatísticos de correlação para determinar a associação entre variáveis. Resultados: Calculou-se uma incidência anual de FEPF, em mulheres com idade igual ou superior a 65 anos, de 922,4 por 100.000 habitantes. A idade média foi de 84,50 ± 6,44 anos. A hipertensão arterial foi a comorbilidade mais observada (69,0%) e 32,3% das doentes apresentava antecedentes de fratura. A maioria (63,3%) estava medicada com 5 ou mais fármacos. Apenas em 11,6% das doentes estava registado o diagnóstico prévio de OP, estando somente 7,8% previamente medicadas com tratamento anti-osteoporótico. Posteriormente à FEPF, foi prescrita medicação anti-osteoporótica a 11,3%. Um ano após fratura, a taxa de mortalidade foi de 16,3%. Não se verificaram correlações significativas entre a mortalidade e as restantes variáveis. Conclusão: O presente estudo demonstrou a importância da problemática que constituem as FEPF, sobretudo em mulheres pós-menopáusicas, onde as taxas de incidência e mortalidade associada são significativas. Aliando os restantes parâmetros estudados, verificou-se que, apesar de existir uma resposta pronta às FEPF, existe uma grande lacuna em termos de prevenção, diagnóstico e tratamento da OP.
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spelling Incidência de fratura da extremidade proximal do fémur em mulheres pós-menopáusicas e a mortalidade pós-eventoFratura da Extremidade Proximal do FémurMortalidadeMulheres Pós-MenopáusicasOsteoporosePrevençãoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: A osteoporose (OP) é uma patologia que afeta sobretudo indivíduos do sexo feminino. Caracteriza-se pela diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura óssea, elevando o risco de fraturas de baixo impacto, as quais ocorrem maioritariamente em mulheres após a menopausa e em idosos de ambos os sexos. A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULS-CB) localiza-se numa região que apresenta um índice de envelhecimento significativo e uma prevalência dessa patologia de 10,9%. Com o aumento da esperança de vida e consequente envelhecimento populacional, prevê-se um aumento dessa prevalência e da incidência de fraturas de baixo impacto. Objetivo: Calcular as taxas de incidência de fratura da extremidade proximal do fémur (FEPF) de baixo impacto e de mortalidade pós-evento em mulheres pós-menopáusicas e avaliar a sua associação com parâmetros relativos à doente, ao quadro clínico e aos cuidados relacionados com a OP prestados antes, durante e após o evento. Materiais e métodos: Estudo observacional, retrospetivo, longitudinal e analítico de mulheres com idade igual ou superior a 65 anos, internadas por FEPF de baixo impacto no Serviço de Ortopedia da ULS-CB, entre janeiro 2014 e dezembro 2015. Recolheram-se os dados através da consulta de processos clínicos, foram analisados através de estatística descritiva e posteriormente realizaram-se testes estatísticos de correlação para determinar a associação entre variáveis. Resultados: Calculou-se uma incidência anual de FEPF, em mulheres com idade igual ou superior a 65 anos, de 922,4 por 100.000 habitantes. A idade média foi de 84,50 ± 6,44 anos. A hipertensão arterial foi a comorbilidade mais observada (69,0%) e 32,3% das doentes apresentava antecedentes de fratura. A maioria (63,3%) estava medicada com 5 ou mais fármacos. Apenas em 11,6% das doentes estava registado o diagnóstico prévio de OP, estando somente 7,8% previamente medicadas com tratamento anti-osteoporótico. Posteriormente à FEPF, foi prescrita medicação anti-osteoporótica a 11,3%. Um ano após fratura, a taxa de mortalidade foi de 16,3%. Não se verificaram correlações significativas entre a mortalidade e as restantes variáveis. Conclusão: O presente estudo demonstrou a importância da problemática que constituem as FEPF, sobretudo em mulheres pós-menopáusicas, onde as taxas de incidência e mortalidade associada são significativas. Aliando os restantes parâmetros estudados, verificou-se que, apesar de existir uma resposta pronta às FEPF, existe uma grande lacuna em termos de prevenção, diagnóstico e tratamento da OP.Introduction: Osteoporosis is a pathology that affects mainly females. It's characterized by a decrease in bone mass and a deterioration of the bone's microarchitecture, raising the risk of low impact fractures, which occur mostly in women after menopause and in the elderly of both genders. The Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULS-CB) is located in a region which has a significant aging index and where the prevalence of OP is 10,9%. With the increasing life expectancy and consequent population's aging, it is expected an augmentation of that prevalence and of the incidence of low impact fractures. Aim: Calculation of the incidence rate of low impact hip fracture and the post-event mortality rate in post-menopausal women and evaluation of the association between mortality and the patient parameters, the hip fracture and the OP care provided before, during and after the fracture. Methods: Observational, retrospective, longitudinal and analytical study of women aged 65 years or more, admitted in the Orthopedics Department of ULS-CB due to low impact hip fracture, between January 2014 and December 2015. Data was collected through clinical process consultation and analyzed through descriptive statistics and posteriorly correlation tests were made to determine association between variables. Results: It was calculated an annual incidence of hip fracture, in women aged 65 years or over, of 922,4 per 100.000 inhabitants. The average age was 84,50 ± 6,44 years. Hypertension was the comorbidity mostly observed (69,0%) and 32,3% of the patients had a previous fracture. The majority (63,3%) was medicated with 5 or more drugs. Only 11,6% of the patients had a previous diagnosis of OP, but merely 7,8% was previously medicated with anti-osteoporotic drugs. After the hip fracture, anti-osteoporotic medication was prescribed in 11,3%. A year after the hip fracture, the mortality rate was 16,3%. No significant statistical associations were found between mortality rate and the other variables. Conclusion: The present study showed the importance that hip fracture represent, especially in post-menopausal women, which have significant incidence and mortality rates. When adding the other analyzed parameters, it was verified that, although there is a ready answer to the hip fracture, there is a major gap in the prevention, diagnosis and treatment of OP.Abreu, Pedro Miguel Martins de AzevedouBibliorumPaiva, Sara Francisca Presas2019-12-20T17:29:13Z2017-4-282017-06-282017-06-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8086TID:202347648porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:47:50Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8086Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:30.166178Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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