A consciência da hereditariedade em dislexia para uma intervenção precoce

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Ana Filipa Vieira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11796/2952
Resumo: A aprendizagem do código da escrita é um processo complexo, que requer a atenção de pais e professores aos sinais de risco e às manifestações precoces das PAE, para que todas as crianças tenham acesso a uma educação que se paute pelo sucesso. Para tal, é necessário que todos os profissionais estejam atentos não só às crianças, mas também à relação que os pais tiveram com a aprendizagem da leitura e da escrita e à relação que mantém com a leitura. A hereditariedade em dislexia está cientificamente provada e, por isso, é urgente que se olhe para este risco aumentado quando se pretende agir atempadamente. Este estudo procurou entender de que forma as dificuldades no percurso escolar dos pais com dificuldades específicas de aprendizagem de leitura e escrita conduziram a uma maior atenção perante as dificuldades de leitura e escrita dos filhos. Neste sentido, conheceram-se três realidades que se cruzaram: as dos pais que tiveram dificuldades de aprendizagem, a dos filhos com dislexia e a atenção que os primeiros tiveram para com os seus filhos. Depois de uma reflexão, quer sobre a dislexia e o seu impacto quer sobre a importância da intervenção precoce e a hereditariedade, como um sinal de risco aumentado para crianças que possuam familiares com esta perturbação, descrevem-se, na revisão da literatura, estudos que, através de questionários feitos aos pais sobre a sua relação com a leitura ou sinais precoces existentes nas crianças, conseguiram prever que aquelas crianças estariam em risco aumentado de dislexia ou que desenvolveriam esta perturbação em determinada idade. O estudo empírico segue uma metodologia de cariz quantitativa, com recurso a questionários e foi realizado a pais com crianças com um diagnóstico em PAE com défice na leitura, de uma clínica privada. Conclui-se que existe uma percentagem de crianças que herdam as dificuldades dos pais, apesar da severidade não ser a mesma. Neste sentido, é possível fazer uma triagem às crianças, de modo a identificar precocemente as que estão em risco aumentado de dislexia, tendo como variável o baixo desempenho dos pais em tarefas de alfabetização e na história familiar de dislexia. A par disto, concluiu-se que alguns pais que tiveram dificuldades de aprendizagem específicas estiveram mais atentos aos seus filhos, mas que as atitudes que tomaram foram remediativas. Pensa-se que a falta de formação e sensibilização por parte dos professores para esta perturbação influencie a atrasada tomada de decisões por parte dos pais. Urge sensibilizar a sociedade e os profissionais para a transmissão entre gerações, para o risco de dislexia, levando a que se olhe, com atenção, para pais e crianças, tentando que o risco que os primeiros correram não se sinta nas gerações seguintes, sem a devida intervenção precoce.
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