Angiogénese no mieloma múltiplo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/43401 |
Resumo: | Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2019 |
id |
RCAP_c57f53c8cba38667a01d4de1d527e910 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ul.pt:10451/43401 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Angiogénese no mieloma múltiploMieloma múltiploAngiogéneseMicroambiente medularCélula endotelial progenitoraAlvo terapêuticoMestrado Integrado - 2019Ciências da SaúdeTrabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2019O mieloma múltiplo é uma neoplasia maligna, caracterizada pela proliferação descontrolada dos plasmócitos. Estas células alojam-se e expandem-se na medula óssea onde causam um desequilíbrio na remodelação do osso com o aumento da reabsorção e a diminuição da sua formação, principais caraterísticas clínicas encontradas na maioria dos doentes com mieloma múltiplo. O diagnóstico do mieloma múltiplo é efetuado a partir de diferentes testes de diversas áreas. O diagnóstico clínico é dificultado pelo facto de os sintomas variarem de doente para doente, por não serem específicos desta patologia e, ainda, pelo facto de não estarem, por vezes, presentes nos estadios iniciais da doença. Os sintomas mais comuns são as fraturas ósseas, a hipercalcémia, a diminuição da função renal e a anemia. No diagnóstico laboratorial recorre-se ao hemograma, onde se avalia o número e a morfologia das células sanguíneas, à determinação da velocidade de sedimentação, ao mielograma e/ou à biópsia da medula óssea, onde se encontra um número anormal de plasmócitos, como caraterística típica desta doença. O diagnóstico bioquímico, nomeadamente a eletroforese das proteínas, permite detetar a presença da proteína monoclonal (M), caraterística desta doença. A imunologia permite quantificar e identificar as imunoglobulinas que estão aumentadas no doente e os estudos citogenéticos avaliam a presença de alterações no DNA. Para visualizar a existência de lesões ósseas e qual a sua extensão, recorre-se à radiologia convencional, à tomografia computorizada e, ainda, à ressonância magnética. Durante a progressão da doença, ocorrem diversas interações entre as células plasmáticas do mieloma múltiplo e o microambiente medular, que permitem que ocorra a angiogénese. Este processo deve-se à produção de diversos fatores promotores, tais como o fator de crescimento endotelial vascular e o fator de crescimento de fibroblastos 2, que são secretados diretamente pelas células tumorais e que atraem as células endoteliais progenitoras iniciando, assim, o processo da angiogénese. A interação entre os plasmócitos e as células do estroma medular permite a secreção de citocinas, como a interleucina-6, responsáveis pela produção de fatores promotores da angiogénese por outras células presentes no microambiente medular. Os macrófagos, os mastócitos e as células endoteliais progenitoras são importantes no mieloma múltiplo, uma vez que a interação entre todas estas células, mediada por diversas citocinas, recetores e moléculas de adesão é responsável por estimular e modular a angiogénese, nesta patologia. Atualmente, a terapêutica é instituída apenas aos doentes com mieloma múltiplo sintomático e é baseada no uso de três fármacos principais: a talidomida, a lenalidomida e o bortezomib. Contudo, o mieloma múltiplo continua incurável, daí a necessidade de se perceber qual o papel da angiogénese nesta doença. A terapêutica do mieloma múltiplo deve ser direcionada não só para as células plasmáticas, mas também para a angiogénese, uma vez que se pode considerar que este fenómeno é fundamental para a progressão da doença. Os fármacos atualmente em estudo e promissores que se baseiam no bloqueio da angiogénese são o aflibercept, o RLYE, o pazopanib e o AMD3100.Multiple myeloma is a malignant neoplasm characterized by uncontrolled proliferation of plasma cells. These cells home and expand in the bone marrow. In this place, they cause an unbalanced bone remodeling with increased resorption and decreased bone formation, which is the main clinical feature in most patients with multiple myeloma. The diagnosis of this disease is made from different tests. The clinical diagnosis can be difficult because symptoms of multiple myeloma are different from patient to patient. The symptoms are not specific to this condition and, sometimes, they are not present in the early stages of the disease. However, the most common symptoms are bone fractures, hypercalcemia, decreased renal function and anemia. In the laboratory diagnosis the blood count is used, which evaluates the number of blood cells. The erythrocyte sedimentation rate is also done. In the bone marrow biopsy we can see a high number of plasma cells with typical characteristics. The protein electrophoresis evaluates the presence of monoclonal protein, characteristic of this disease. Immunology allow us to know which immunoglobulins are increased in the patient and the presence of DNA changes are evaluated by cytogenetic studies. Conventional radiology, computed tomography and magnetic resonance imaging are used to assess the existence of bone lesions and their extent. During disease progression, several interactions occur between multiple myeloma plasma cells and the bone marrow microenvironment, which contribute to the angiogenesis. This process is due to the production of several promoter factors, such as vascular endothelial growth factor and fibroblast growth factor 2, which are secreted directly by tumor cells and attract progenitor endothelial cells to bone marrow. The interaction between plasma cells and stromal cells allows the secretion of cytokines, such as interleukin 6, which induces the production and secretion of angiogenic factors and, consequently, they promote angiogenesis. Macrophages, mast cells, and progenitor endothelial cells are important in multiple myeloma since the interaction between all these cells, mediated by various cytokines, receptors and adhesion molecules is responsible for stimulating and modulating angiogenesis in this pathology. Currently, therapy is applied only for patients with symptomatic multiple myeloma and is based on the use of three main drugs: thalidomide, lenalidomide and bortezomib. However, multiple myeloma remains incurable, so we need to understand the role of angiogenesis in this disease. The therapy of multiple myeloma should target not only multiple myeloma cells, but also the angiogenesis, because this phenomenon is fundamental for disease progression. For angiogenesis blocking, aflibercept, RLYE, pazopanib and AMD3100 are promising drugs currently under study.Correia, Maria Leonor Ferreira EstevãoRepositório da Universidade de LisboaPateiro, Filipa Alexandra Mourinha2020-05-04T22:58:56Z2019-12-302019-11-292019-12-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/43401TID:202475212porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:43:50Zoai:repositorio.ul.pt:10451/43401Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:56:13.094458Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Angiogénese no mieloma múltiplo |
title |
Angiogénese no mieloma múltiplo |
spellingShingle |
Angiogénese no mieloma múltiplo Pateiro, Filipa Alexandra Mourinha Mieloma múltiplo Angiogénese Microambiente medular Célula endotelial progenitora Alvo terapêutico Mestrado Integrado - 2019 Ciências da Saúde |
title_short |
Angiogénese no mieloma múltiplo |
title_full |
Angiogénese no mieloma múltiplo |
title_fullStr |
Angiogénese no mieloma múltiplo |
title_full_unstemmed |
Angiogénese no mieloma múltiplo |
title_sort |
Angiogénese no mieloma múltiplo |
author |
Pateiro, Filipa Alexandra Mourinha |
author_facet |
Pateiro, Filipa Alexandra Mourinha |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Correia, Maria Leonor Ferreira Estevão Repositório da Universidade de Lisboa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pateiro, Filipa Alexandra Mourinha |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Mieloma múltiplo Angiogénese Microambiente medular Célula endotelial progenitora Alvo terapêutico Mestrado Integrado - 2019 Ciências da Saúde |
topic |
Mieloma múltiplo Angiogénese Microambiente medular Célula endotelial progenitora Alvo terapêutico Mestrado Integrado - 2019 Ciências da Saúde |
description |
Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2019 |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-12-30 2019-11-29 2019-12-30T00:00:00Z 2020-05-04T22:58:56Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10451/43401 TID:202475212 |
url |
http://hdl.handle.net/10451/43401 |
identifier_str_mv |
TID:202475212 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134503963197440 |