Concentração e variabilidade de COVs em ambiente urbano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/15378 |
Resumo: | O presente trabalho consistiu no estudo da variabilidade de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) em ambiente urbano, com principal enfoque nos compostos do grupo BTEX: benzeno (B), tolueno (T), m,p-xileno (m,p-X) e oxileno (o-X). De Março a Setembro de 2015 foram realizadas quatro Campanhas de amostragem, duas delas recorrendo a uma metodologia passiva, para o estudo da variabilidade espacial, e as outras duas recorrendo a diferentes metodologias ativas, para o estudo da variabilidade temporal. As campanhas passivas foram realizadas em 20 locais distribuídos por 5 concelhos da Área Metropolitana do Porto (20 a 27 de Março e 17 Junho a 2 de Julho). Por seu turno, as campanhas ativas foram realizadas num local urbano de tráfego na cidade do Porto (2 e 3 de Julho) e num local urbano com características de fundo na cidade de Aveiro (23 de Junho a 3 de Setembro). Todas as amostras foram analisadas por cromatografia gasosa (GC). A primeira (1ª; N=20) e a segunda (2ª, N=19) campanha passiva foram muito semelhantes entre si em termos de concentrações médias individuais de BTEX, mas também em termos de concentrações médias totais: 2.05 e 2.15 ppb, respetivamente. Genericamente, verificaram-se maiores concentrações de BTEX em zonas próximas a vias de tráfego e de fontes industriais, em particular da Refinaria de Matosinhos e de outras fontes próximas desta. Os rácios médios entre BTEX (T/B=1.20(1ª) e T/B=2.34 (2ª); m,p-X/B=0.53 (1ª) e m,p-X/B=1.14 (2ª); o-X/B=0.41(2ª)) apontam para uma maior influência de emissões provenientes do tráfego, acrescidas de emissões industriais e de outras fontes mais distantes, sem excluir a hipótese de degradação fotoquímica das massas de ar. Na campanha ativa do Porto (N=24), as concentrações médias individuais de BTEX contribuíram para uma concentração total ligeiramente superior a 4 ppb. As horas de ponta, como seria previsível, caracterizaram-se por concentrações mais elevadas. Os rácios médios entre BTEX (T/B=1.59; m,p-X/B=0.65) apontam para emissões provenientes principalmente do tráfego às quais se acumularam emissões de outras fontes mais distantes. Por fim, na campanha ativa de Aveiro (N=58), registaram-se concentrações baixas de BTEX que contribuíram para uma concentração total de pouco mais de 1 ppb. De uma forma geral, registaram-se maiores concentrações de BTEX na parte da manhã, entre as 9h00 e as 11h00, à exceção do o-xileno que, regra geral, apresentou maiores concentrações na parte da tarde, entre as 13h00 e as 15h00. Os rácios médios entre BTEX (T/B=1.79; m,p-X/B=2.00; o-X/B=1.21), apresentaram um padrão um pouco diferente do que foi apresentado para o Porto, evidenciando a presença de fontes mais ricas em xilenos na região de Aveiro. A análise à Concentração Equivalente em Propileno (PEC), parâmetro usado para normalizar e avaliar o potencial impacte na produção de ozono à superfície, revelou que o m,p-xileno foi o que apresentou maior concentração entre os BTEX, considerando as quatro campanhas. |
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Concentração e variabilidade de COVs em ambiente urbanoengenharia do ambienteCompostos orgânicos voláteisTráfego urbano - Poluição do arO presente trabalho consistiu no estudo da variabilidade de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) em ambiente urbano, com principal enfoque nos compostos do grupo BTEX: benzeno (B), tolueno (T), m,p-xileno (m,p-X) e oxileno (o-X). De Março a Setembro de 2015 foram realizadas quatro Campanhas de amostragem, duas delas recorrendo a uma metodologia passiva, para o estudo da variabilidade espacial, e as outras duas recorrendo a diferentes metodologias ativas, para o estudo da variabilidade temporal. As campanhas passivas foram realizadas em 20 locais distribuídos por 5 concelhos da Área Metropolitana do Porto (20 a 27 de Março e 17 Junho a 2 de Julho). Por seu turno, as campanhas ativas foram realizadas num local urbano de tráfego na cidade do Porto (2 e 3 de Julho) e num local urbano com características de fundo na cidade de Aveiro (23 de Junho a 3 de Setembro). Todas as amostras foram analisadas por cromatografia gasosa (GC). A primeira (1ª; N=20) e a segunda (2ª, N=19) campanha passiva foram muito semelhantes entre si em termos de concentrações médias individuais de BTEX, mas também em termos de concentrações médias totais: 2.05 e 2.15 ppb, respetivamente. Genericamente, verificaram-se maiores concentrações de BTEX em zonas próximas a vias de tráfego e de fontes industriais, em particular da Refinaria de Matosinhos e de outras fontes próximas desta. Os rácios médios entre BTEX (T/B=1.20(1ª) e T/B=2.34 (2ª); m,p-X/B=0.53 (1ª) e m,p-X/B=1.14 (2ª); o-X/B=0.41(2ª)) apontam para uma maior influência de emissões provenientes do tráfego, acrescidas de emissões industriais e de outras fontes mais distantes, sem excluir a hipótese de degradação fotoquímica das massas de ar. Na campanha ativa do Porto (N=24), as concentrações médias individuais de BTEX contribuíram para uma concentração total ligeiramente superior a 4 ppb. As horas de ponta, como seria previsível, caracterizaram-se por concentrações mais elevadas. Os rácios médios entre BTEX (T/B=1.59; m,p-X/B=0.65) apontam para emissões provenientes principalmente do tráfego às quais se acumularam emissões de outras fontes mais distantes. Por fim, na campanha ativa de Aveiro (N=58), registaram-se concentrações baixas de BTEX que contribuíram para uma concentração total de pouco mais de 1 ppb. De uma forma geral, registaram-se maiores concentrações de BTEX na parte da manhã, entre as 9h00 e as 11h00, à exceção do o-xileno que, regra geral, apresentou maiores concentrações na parte da tarde, entre as 13h00 e as 15h00. Os rácios médios entre BTEX (T/B=1.79; m,p-X/B=2.00; o-X/B=1.21), apresentaram um padrão um pouco diferente do que foi apresentado para o Porto, evidenciando a presença de fontes mais ricas em xilenos na região de Aveiro. A análise à Concentração Equivalente em Propileno (PEC), parâmetro usado para normalizar e avaliar o potencial impacte na produção de ozono à superfície, revelou que o m,p-xileno foi o que apresentou maior concentração entre os BTEX, considerando as quatro campanhas.The aim of the present work was to study the variability of volatile organic compounds (VOCs) in an urban environment, in particular the BTEX group’s compounds: benzene (B), toluene (T), m,p-xylene (m,p-X) and o-xylene (o-X). Four sampling campaigns took place from March to September of 2015, two of them using a passive methodology for the study of the spatial variability, and the other two using different active methodologies, for the study of the temporal variability. The passive campaigns were carried out on 20 sites located in 5 municipalities of the Porto Metropolitan Area (from the 20th to the 27th of March and from 17th of June to the 2nd of July). On the other hand, the active campaigns were carried out in an urban traffic site in Porto (2nd and 3rd July) and an urban background site in Aveiro (from the 23rd of June to the 3rd of September). All samples were analyzed by gas chromatography (GC). The first (1st, N=20) and the second (2nd, N= 19) passive campaign were very similar to each other not only in terms of individual average concentrations of BTEX, but also in terms of total average concentrations: 2.5 and 2.15 ppb, respectively. In general there were higher BTEX concentrations in areas near traffic lanes and industrial sites, particularly due to the Matosinhos Refinery and other sources in the vicinity. The average BTEX ratios (T/B=1.20 (1st) and T/B=2.34 (2nd); m,pX/B=0.53 (1st) and o-X/B=1.14 (2nd); the X/B = 0.41 (2nd)) indicate a greater influence from traffic emissions, increased by industrial emissions and other more distant sources, without dismissing the hypothesis of photochemical degradation of air masses. During the Porto’s active campaign (N=24), the individual average concentrations of BTEX contributed to a total concentration slightly above 4 ppb. Rush hours, as predictable, were characterized by higher concentrations. The average BTEX ratios (T/B=1.59; m,p-X/B=0.65) point to emissions coming mainly from traffic which have accumulated emissions from other more distant sources. Finally, during the Aveiro’s active campaign (N=58), the concentrations of BTEX were low, contributing to a total concentration of a little more than 1 ppb. In general, the highest BTEX concentrations were registered in the morning, between 9 a.m and 11 a.m, except for o-xylene which generally showed higher concentrations in the afternoon, between 1 p.m and 3 p.m. The average BTEX ratios (T/B=1.79; m,p-X/B=2.00; o-X/B=1.21), revealed a slightly different pattern when compared to those presented for Porto, showing the presence of richer xylenes sources in Aveiro region. The analysis of the Propylene Equivalent Concentration (PEC), parameter used to standardize an evaluate the potential impact on surface ozone production, revealed that the m,p-xylene had the highest concentration among the BTEX, considering all four campaigns.Universidade de Aveiro2016-03-23T16:01:19Z2015-01-01T00:00:00Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/15378TID:201596890porRocha, Vasco Nogueira dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:28:25Zoai:ria.ua.pt:10773/15378Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:50:44.686328Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O presente trabalho consistiu no estudo da variabilidade de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) em ambiente urbano, com principal enfoque nos compostos do grupo BTEX: benzeno (B), tolueno (T), m,p-xileno (m,p-X) e oxileno (o-X). De Março a Setembro de 2015 foram realizadas quatro Campanhas de amostragem, duas delas recorrendo a uma metodologia passiva, para o estudo da variabilidade espacial, e as outras duas recorrendo a diferentes metodologias ativas, para o estudo da variabilidade temporal. As campanhas passivas foram realizadas em 20 locais distribuídos por 5 concelhos da Área Metropolitana do Porto (20 a 27 de Março e 17 Junho a 2 de Julho). Por seu turno, as campanhas ativas foram realizadas num local urbano de tráfego na cidade do Porto (2 e 3 de Julho) e num local urbano com características de fundo na cidade de Aveiro (23 de Junho a 3 de Setembro). Todas as amostras foram analisadas por cromatografia gasosa (GC). A primeira (1ª; N=20) e a segunda (2ª, N=19) campanha passiva foram muito semelhantes entre si em termos de concentrações médias individuais de BTEX, mas também em termos de concentrações médias totais: 2.05 e 2.15 ppb, respetivamente. Genericamente, verificaram-se maiores concentrações de BTEX em zonas próximas a vias de tráfego e de fontes industriais, em particular da Refinaria de Matosinhos e de outras fontes próximas desta. Os rácios médios entre BTEX (T/B=1.20(1ª) e T/B=2.34 (2ª); m,p-X/B=0.53 (1ª) e m,p-X/B=1.14 (2ª); o-X/B=0.41(2ª)) apontam para uma maior influência de emissões provenientes do tráfego, acrescidas de emissões industriais e de outras fontes mais distantes, sem excluir a hipótese de degradação fotoquímica das massas de ar. Na campanha ativa do Porto (N=24), as concentrações médias individuais de BTEX contribuíram para uma concentração total ligeiramente superior a 4 ppb. As horas de ponta, como seria previsível, caracterizaram-se por concentrações mais elevadas. Os rácios médios entre BTEX (T/B=1.59; m,p-X/B=0.65) apontam para emissões provenientes principalmente do tráfego às quais se acumularam emissões de outras fontes mais distantes. Por fim, na campanha ativa de Aveiro (N=58), registaram-se concentrações baixas de BTEX que contribuíram para uma concentração total de pouco mais de 1 ppb. De uma forma geral, registaram-se maiores concentrações de BTEX na parte da manhã, entre as 9h00 e as 11h00, à exceção do o-xileno que, regra geral, apresentou maiores concentrações na parte da tarde, entre as 13h00 e as 15h00. Os rácios médios entre BTEX (T/B=1.79; m,p-X/B=2.00; o-X/B=1.21), apresentaram um padrão um pouco diferente do que foi apresentado para o Porto, evidenciando a presença de fontes mais ricas em xilenos na região de Aveiro. A análise à Concentração Equivalente em Propileno (PEC), parâmetro usado para normalizar e avaliar o potencial impacte na produção de ozono à superfície, revelou que o m,p-xileno foi o que apresentou maior concentração entre os BTEX, considerando as quatro campanhas. |
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