Dificuldades percepcionadas pelos enfermeiros durante o transporte do doente crítico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Francisco José
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/23701
Resumo: O transporte do doente crítico é um momento de grande vulnerabilidade e instabilidade quer para o doente quer para o enfermeiro. Este tem vindo a aumentar devido à centralização dos meios de diagnóstico e terapêutica exigindo enfermeiros qualificados para o efetuar. Objetivo: Analisar as dificuldades percecionadas pelos enfermeiros dos serviços de urgência de um Centro Hospitalar do Norte de Portugal no transporte interhospitalar do doente crítico. Metodologia: Estudo de natureza Transversal Analítico, realizado numa população de 120 enfermeiros distribuídos por uma urgência básica, uma urgência médico-cirúrgica e uma urgência polivalente de um Centro Hospitalar do Norte de Portugal. Para a obtenção da amostra foram definidos como critérios de inclusão: enfermeiros que realizassem transporte inter-hospitalar, que se disponibilizassem a participar no estudo e estivessem presentes no período de recolha de dados, obtendo-se uma amostra de 70 enfermeiros. Como Instrumento de Recolha de Dados utilizamos o questionário, de MATA, 2014, dificuldades percecionadas pelos enfermeiros durante o transporte Inter-hospitalar, após autorização da autora. A recolha de dados decorreu entre janeiro de 2020 a abril de 2020. O estudo obteve parecer favorável da comissão de ética da instituição (n.º 151/2020) e respetivo Conselho de Administração. Resultados: No total de 70 participantes, (65,7%, 46) eram do sexo feminino, a média de idades foi de 43,6 anos, com experiência profissional média de 19.86 anos, predominando a categoria profissional de enfermeiro (64,3%, 45) e com formação na área (71,4%, 50). As dificuldades mais percecionadas foi na área dos “Recursos e Instabilidade do Doente” (M=2,90 pontos) e o “Planeamento do Transporte Secundário” (M=2,78 pontos). Verificamos uma relação, estatisticamente significativa, entre o local de trabalho e o F4 (Morte do Doente), uma correlação negativa fraca, estatisticamente significativa, entre a frequência de realização de transporte no último mês e as dificuldades percecionadas na realização do transporte e uma correlação positiva moderada entre a frequência de ocorrência dos fatores e as dificuldades percecionadas pelos enfermeiros (p <0,05). Conclusão: As dificuldades mais percecionadas pelos enfermeiros são os “Recursos e Instabilidade do Doente” e o “Planeamento do Transporte Secundário”. O local de trabalho influenciou a dificuldade do F4, Morte do Doente, e a frequência de realização do transporte no último mês relacionou-se com as dificuldades. Sugerimos a existência de equipas dedicadas ao transporte destes doentes para um maior treino e formação periódica, a alocação de enfermeiros da área da pessoa em situação crítica nos serviços de urgência e a formação aos enfermeiros do Serviço de Urgência Básico (SUB) sobre a morte do doente. A realização de outros estudos nesta área.
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Para a obtenção da amostra foram definidos como critérios de inclusão: enfermeiros que realizassem transporte inter-hospitalar, que se disponibilizassem a participar no estudo e estivessem presentes no período de recolha de dados, obtendo-se uma amostra de 70 enfermeiros. Como Instrumento de Recolha de Dados utilizamos o questionário, de MATA, 2014, dificuldades percecionadas pelos enfermeiros durante o transporte Inter-hospitalar, após autorização da autora. A recolha de dados decorreu entre janeiro de 2020 a abril de 2020. O estudo obteve parecer favorável da comissão de ética da instituição (n.º 151/2020) e respetivo Conselho de Administração. Resultados: No total de 70 participantes, (65,7%, 46) eram do sexo feminino, a média de idades foi de 43,6 anos, com experiência profissional média de 19.86 anos, predominando a categoria profissional de enfermeiro (64,3%, 45) e com formação na área (71,4%, 50). As dificuldades mais percecionadas foi na área dos “Recursos e Instabilidade do Doente” (M=2,90 pontos) e o “Planeamento do Transporte Secundário” (M=2,78 pontos). Verificamos uma relação, estatisticamente significativa, entre o local de trabalho e o F4 (Morte do Doente), uma correlação negativa fraca, estatisticamente significativa, entre a frequência de realização de transporte no último mês e as dificuldades percecionadas na realização do transporte e uma correlação positiva moderada entre a frequência de ocorrência dos fatores e as dificuldades percecionadas pelos enfermeiros (p <0,05). Conclusão: As dificuldades mais percecionadas pelos enfermeiros são os “Recursos e Instabilidade do Doente” e o “Planeamento do Transporte Secundário”. O local de trabalho influenciou a dificuldade do F4, Morte do Doente, e a frequência de realização do transporte no último mês relacionou-se com as dificuldades. Sugerimos a existência de equipas dedicadas ao transporte destes doentes para um maior treino e formação periódica, a alocação de enfermeiros da área da pessoa em situação crítica nos serviços de urgência e a formação aos enfermeiros do Serviço de Urgência Básico (SUB) sobre a morte do doente. A realização de outros estudos nesta área.The transportation of critically ill patients is a time of great vulnerability and instability for both the patient and the nurse. This has been increasing due to the centralization of the means of diagnosis and therapy requiring qualified nurses to do so. Objectives: To analyze the difficulties perceived by nurses in the emergency services of a Hospital Center in Northern Portugal in the interhospital transportation of critically ill patients. Methodology: A cross-sectional analytical study, carried out in a population of 120 nurses distributed by a basic emergency, a medical-surgical emergency and a multipurpose emergency in a Hospital Center in the North of Portugal. In order to obtain the sample, inclusion criteria were defined: nurses who performed inter-hospital transportation, who were willing to participate in the study and were present in the data collection period, obtaining a sample of 70 nurses. As a data Collection Instrument, we used the questionnaire, from MATA, 2014, difficulties perceived by nurses during interhospital transportation, after authorization by the author. Data collection took place between January 2020 and april 2020. The study obtained a favorable decision from the institution's ethics committee (no. 151/2020) and the respective Board of Directors. Results: In the total of 70 participants, (65.7%, 46) with a predominance of females, the average age was 43.6 years, with an average professional experience of 19.86 years, predominantly the professional category of nurse (64.3%, 45) and trained in the area (71.4%, 50). The most perceived difficulties were in the area of “Resources and Patient Instability” (M = 2.90 points) and “Secondary Transport Planning” (M = 2.78 points). We found a statistically significant relationship between the workplace and F4 (Death of the Patient), a weak negative correlation, statistically significant, between the frequency of carrying out the transport in the last month and the perceived difficulties in carrying out the transport and a correlation positive moderate between the frequency of occurrence of the factors and the difficulties perceived by nurses (p <0.05). Conclusion: The difficulties most perceived by nurses are “Resources and Patient Instability” and “Secondary Transportation Planning”. The workplace influenced the difficulty of F4, Death of the Patient, and the frequency of transportation in the last month, relating to the difficulties. We suggest the existence of teams dedicated to the transport of these patients for further training and periodic training, the allocation of nurses from the area of the person in critical situation to the emergency services and the training of SUB nurses on the death of the patient. The carrying out of other studies in this area.Martins, MatildeBiblioteca Digital do IPBAlves, Francisco José2021-07-01T08:51:13Z202120202021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/23701TID:202735648porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:53:01Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/23701Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:14:39.997916Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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