Os contornos do luto - Entre a Arquitectura e o Rito

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Ana João Magalhães
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/10974
Resumo: Conceptualizando um futuro na alçada dos problemas de hoje, surge a vontade de renovar ideologias para que se enfrente com outros olhos o fim certo. Com base teórica na História da Arquitectura e os lugares contemporâneos dos rituais fúnebres, com o intuito de dar o devido valor à vida-vivida de quem parte para a eternidade e, respeitando sempre as emoções de quem vê partir, pretende-se com a proposta dar forma e espaço ao luto, através de uma solução racional e sensorial, dialogando com o local e, tendo sempre o utilizador como protagonista. Sendo o locus a intervir uma vila de tradições, propõe-se a introdução de um novo costume, que seja comum às freguesias do concelho Lousada, de forma a desmistificar e alargar mentalidades, projectando um espaço que acolhe as emoções do luto, um espaço transversal a religiões, etnias e géneros, um espaço uno, comum a tudo e a todos. Camuflado numa floresta de Bétulas, propõe-se enraizar de forma aparentemente submersa o Tanatório de Lousada, que resguardado dos ruídos e do ambiente citadino da vila, conserva o isolamento e respeito necessários ao momento, respondendo às diferentes etapas do processo do luto. A arquitectura circular do edificado representa uma analogia do ciclo da vida, em que o começo é também o fim, remetendo também para uma bolha com atmosfera controlada e protegida. Assumindo uma geometria de planta circular, o tanatório e o columbário alinham-se num diálogo frente a frente, tocando-se no ponto de preparação para o ritual final, distinguindo-se pela transição do ambiente interior para o exterior e pelo vale destinado ao bosque de Ciprestes. Esta proposta explora diferentes tipologias de espaços, criando uma narrativa nas diferentes conjugações de luz, amplitude e materialidade dos mesmos, proporcionando ao utilizador a liberdade de sentir.
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