Práticas educativas e estilos parentais um estudo comparativo entre famílias em risco psicossocial e população geral
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/14927 |
Resumo: | O objetivo do presente estudo foi explorar diferenças entre as estratégias educativas parentais das famílias em situação de risco psicossocial e das famílias da população geral, e examinar a sua relação com a qualidade de vida e bem-estar das crianças/adolescentes, e a saúde mental dos pais. A amostra utilizada foi composta por um total de 165 pais de pelo menos uma criança/adolescente com idade compreendida entre os 8 e os 18 anos, residentes no Algarve. A amostra incluía dois grupos, o primeiro constituído por pais de crianças/adolescentes sinalizados às Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJs) do Algarve (Grupo de Famílias em Risco - GFR); e o segundo constituído por pais de crianças/adolescentes da população geral (Grupo de Famílias da População Geral - GFPG). Os pais responderam ao Questionário de Estilos e Dimensões Parentais (QEDP) - Versão Reduzida, ao KIDSCREEN-27©; ao Questionário de Saúde Geral de 28 Itens (GHQ-28); e a um questionário sociodemográfico. Os resultados revelaram que, em média, os pais do GFR referem um uso mais frequente de práticas educativas parentais associadas ao estilo autoritário e ao estilo permissivo do que os pais do GFPG. As correlações indicaram que, nos dois grupos, quanto maior é o uso do estilo autoritativo, maior é a autonomia dos filhos e a sua relação com os pais, e quanto maior é o uso do estilo permissivo, menor é o bem-estar psicológico das crianças/adolescentes. No que concerne ao estilo autoritário, as correlações revelaram que o uso da coerção física, no GFR, se relaciona negativamente com o bem-estar psicológico das crianças/adolescentes, enquanto no GFPG, se relaciona positivamente. Por último, os resultados indicaram que, nos dois grupos, os problemas de saúde mental geral nos pais, podem favorecer o uso de práticas educativas e estilos parentais não autoritativos. Conclui-se que, nos dois grupos, fomentar o uso do estilo autoritativo pode aumentar o nível de qualidade de vida e bem-estar das crianças/adolescentes, produzindo um efeito protetor. Além disso, melhorar a saúde mental dos pais pode levar a melhorias nas práticas parentais e no ajustamento das crianças/adolescentes. |
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Práticas educativas e estilos parentais um estudo comparativo entre famílias em risco psicossocial e população geralBem-estarCrianças e adolescentesFamílias em risco psicossocialParentalidadeSaúde mentalDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências SociaisO objetivo do presente estudo foi explorar diferenças entre as estratégias educativas parentais das famílias em situação de risco psicossocial e das famílias da população geral, e examinar a sua relação com a qualidade de vida e bem-estar das crianças/adolescentes, e a saúde mental dos pais. A amostra utilizada foi composta por um total de 165 pais de pelo menos uma criança/adolescente com idade compreendida entre os 8 e os 18 anos, residentes no Algarve. A amostra incluía dois grupos, o primeiro constituído por pais de crianças/adolescentes sinalizados às Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJs) do Algarve (Grupo de Famílias em Risco - GFR); e o segundo constituído por pais de crianças/adolescentes da população geral (Grupo de Famílias da População Geral - GFPG). Os pais responderam ao Questionário de Estilos e Dimensões Parentais (QEDP) - Versão Reduzida, ao KIDSCREEN-27©; ao Questionário de Saúde Geral de 28 Itens (GHQ-28); e a um questionário sociodemográfico. Os resultados revelaram que, em média, os pais do GFR referem um uso mais frequente de práticas educativas parentais associadas ao estilo autoritário e ao estilo permissivo do que os pais do GFPG. As correlações indicaram que, nos dois grupos, quanto maior é o uso do estilo autoritativo, maior é a autonomia dos filhos e a sua relação com os pais, e quanto maior é o uso do estilo permissivo, menor é o bem-estar psicológico das crianças/adolescentes. No que concerne ao estilo autoritário, as correlações revelaram que o uso da coerção física, no GFR, se relaciona negativamente com o bem-estar psicológico das crianças/adolescentes, enquanto no GFPG, se relaciona positivamente. Por último, os resultados indicaram que, nos dois grupos, os problemas de saúde mental geral nos pais, podem favorecer o uso de práticas educativas e estilos parentais não autoritativos. Conclui-se que, nos dois grupos, fomentar o uso do estilo autoritativo pode aumentar o nível de qualidade de vida e bem-estar das crianças/adolescentes, produzindo um efeito protetor. Além disso, melhorar a saúde mental dos pais pode levar a melhorias nas práticas parentais e no ajustamento das crianças/adolescentes.The current study proposes to explore differences between the educational parenting strategies of general population families in psychosocial risky situations, and to consider their correlation with the children/adolescents quality of life and well-being and parents mental health. The sample used consisted of a total of 165 parents of at least one child/adolescent aged 8 to 18 years, residing in Algarve. The sample included two groups, the first consisting of parents of children/adolescents signaled to the Algarve Commission for the Protection of Children and Young People at Risk (CPCJs) (Group of Families at Risk - GFR); and the second of parents of children/adolescents of the general population (General Population Family Group - GFPG). Parents responded to the Parenting Styles and Dimensions Questionnaire (PSDQ) - Short Form, to KIDSCREEN-27©; the 28-item General Health Questionnaire (GHQ-28); and to a sociodemographic questionnaire. The results showed that, on average, GFR parents use more frequently authoritarian and permissive parenting styles when compared to GFPG parents. Correlations indicated that in both groups, the greater the use of the authoritative practice, the greater the children autonomy and their relationship with their parents, and the greater the use of the permissive style, the lower the psychological well-being of the children/adolescents. Regarding the authoritarian style, the correlations revealed that the use of physical coercion by GFR parents is negatively related to the psychological well-being of children/adolescents, while in GFPG it is positively related. In conclusion, the results revealed that, in both groups, parents’ general mental health problems may favor the use of educational practices and non-authoritative parenting styles. One may conclude that, in both groups, promoting the use of the authoritative style can increase the children/adolescents quality of life and well-being, generating a protective effect. In addition, improving parental mental health can lead to the amelioration of the parents and child/adolescent adjustment.Nunes, CristinaSapientiaCastro, Maria Lourdes Serje2020-12-18T17:11:44Z2019-11-072019-11-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/14927TID:202537668porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:27:17Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/14927Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:05:52.140906Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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