Desenvolvimento Local Sustentável: discursos, estratégias e (in)consequências o caso Esmabama

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bernardo, Edgar Alexandre da Cunha
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/2513
Resumo: O debate em torno do Desenvolvimento, seus critérios, suas práticas e ambições tem um historial de várias décadas que tem vindo a acentuar-se a partir dos anos oitenta com a surgimento de novas perspectivas que procuram minimizar os erros do paradigma vigente e direccionar as ambições no sentido da Sustentabilidade. Embora a sustentabilidade, quer enquanto conceito, quer enquanto prática, procure o participação, a capacitação e a apropriação dos seus programas por parte dos seus protagonistas, ela é também vítima de intrepretações e práticas falaciosas que podem perpetuar ou acentuar os erros do passado. A ausência de transparência, de um envolvimento real das populações nas estruturas de poder e na tomada de decisões, gera um distanciamento entre as organizações e as populações colocando em causa não só o almejar dos objectivos destas, aqui a sustentabilidade, como a sua legitimidade social. Esta investigação tenta demonstrar que mesmo em contextos locais, e sendo aplicados por uma organização nacional de cariz religioso, os operadores escapam à sua oratória teórica quando aplicam os seus programas na prática. Neste estudo de caso, realizado na província de Sofala em Moçambique, cruzaram-se as perspectivas e os discursos dos intervenientes sobre a natureza do programa e as suas práticas de gestão, realizando assim uma avaliação que aplicou uma metodologia de natureza antropológica, ou seja, uma Antropologia da Avaliação. Uma abordagem que procura escapar à aplicação de ferramentas comuns da avaliação e sobretudo a uma visão predeterminada da realidade, aproximando o avaliador dos avaliados e permitindo que estes tomem a palavra e a acção.
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