Tomada de decisão clínica : processo e implicações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mesquita, Inês Morgadinho Barros de
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/79413
Resumo: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina àrea cientifica de Medicina Interna, apresentada á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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spelling Tomada de decisão clínica : processo e implicaçõesTomada de posiçãoDecisão clinicaTrabalho final de mestrado integrado em Medicina àrea cientifica de Medicina Interna, apresentada á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraINTRODUÇÃO A tomada de decisão sempre se regeu pela hierarquia, sendo o médico o único responsável pelos resultados do doente. De há algum tempo a esta parte, os doentes tem obtido um papel cada vez mais relevante no processo de decisão médica. Surge assim um novo paradigma, que vê a prestação de cuidados de saúde de modo coordenado, para perceber os problemas do doente e tomar as decisões correctas, em direcção ao objectivo, baseado nos resultados previstos. OBJECTIVOS A missão desta revisão é mostrar os conceitos da tomada de decisão e as suas aplicações na prática médica, compreendendo o papel do doente e a atitude do médico no processo. Caracteriza também os factores contribuintes, a incerteza, racionalidade e implicações práticas. Este artigo não pretende ser normativo, definindo a tomada de decisão ideal, mas ser analítico, ajudando a clarificar o significado deste processo, as diferentes definições e aplicações. DESENVOLVIMENTO O processo de decisão baseia-se na experiência e intuição, estando a incerteza sempre presente na grande maioria das situações clínicas. Na relação médico-doente, vários factores condicionam a decisão clínica: viéses, emoções, características individuais, risco e erros. Interligados, exercem, ao longo de todo o processo decisório, influências importantes na fuga ao raciocínio límpido que os médicos anseiam desenvolver. A decisão partilhada é apontada como a solução para a optimização dos cuidados de saúde. A participação crescente do doente neste processo contribui para aumentar a sua autonomia e diminuir o paternalismo médico. A resposta e empenho dos médicos perante um doente pró-activo são diversos. Assim, a implementação deste tipo de decisão fica, por enquanto, aquém do desejado, enfrentando desafios significativos nos cuidados médicos actuais. CONCLUSÕES O processo de decisão médica mostra-se cada vez mais empenhado em acompanhar o desenvolvimento humano e tecnológico, deixando para traz a antiguidade histórica que o tem caracterizado. A decisão clínica é fulcral na atitude médica, desde a colheita de informação até à definição de um tratamento. É um processo idealmente breve mas profundamente importante e complexo. Esta revisão bibliográfica pretende mostrar a decisão clínica de modo global, mas também dissecando o seu processo, factores condicionantes e elementos constituintes, permitindo inferir acerca do modo ideal de ser e estar perante e com um doente. É consensual e inquestionável o longo caminho que existe para percorrer no alcance da tomada de decisão partilhada, exigindo esforço profundo dos intervenientesINTRODUCTION The decision making has been conducted by hierarchy, being the doctor the only responsible for the patient’s results. Patients have achieved a more relevant role in the decision making process, for a while. Thus, a new paradigm occurs, which sees the care taking from a coordinated way, to understand the patients’ problems and take the right decision, towards the goal, based on the predicted results. GOALS This review’s mission is to get the concepts of the decision making and its applications in the daily practice, getting to know the patient’s role and the doctor’s posture in the process. It also describes the contributing factors, the clinical uncertainty, the rationality and practical implications. This article doesn’t intend to be normative, defining the ideal decision making process, but to be analytical, helping to clarify the meaning of this process, the different definitions and applications. DEVELOPMENT The decision making process is always based on the experience and intuition, being the uncertainty also present in the great majority of the clinical sets. Some factors define the clinical situation in the doctor-patient relationship: bias, emotional influences, individual characteristics, risk and errors. Linked, throughout the decision process, they exert power in the escape to the limpid reasoning the doctors yearn for to develop. The shared decision is pointed as the health care optimizing solution. The growing patient’s participation in this process increases its autonomy and decreases the medical paternalism. There are several doctors’ answers and persistence in front of a proactive patient. Thus, the implementation of this type of decision is, for the time being, on this side of the desired one, facing significant challenges in the actual medical care practice. CONCLUSIONS The medical decision process reveals each pledged time in following the human and technological development, leaving behind the historical antiquity that has characterized it. The clinical decision is meaningful in the medical posture, since the information harvest until the treatment’s definition. Ideally, it’s a soon but deeply important and complex process. This literature review intends to show the clinical decision in a global way, also dissecting its process, contributing factors and elements, infering the ideal way of being and being before and with a sick person. It is unquestioned and a general agreement that is a long way to cover in the reach of the shared decision making, demanding deep effort of the intervening ones.2010-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/79413http://hdl.handle.net/10316/79413porMesquita, Inês Morgadinho Barros deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:47Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/79413Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:02:07.667003Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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