A centralidade do espaço doméstico na estruturação do quotidiano : o caso das ilhas do Porto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tomé, Juliana Patrícia da Silva
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10216/55349
Resumo: Com este estudo pretendeu-se analisar a centralidade do espaço doméstico na estruturação do quotidiano a partir do estudo de caso das ilhas do Porto. O quadro teórico construído assenta na inclusão dos eixos do espaço e do tempo na configuração do conceito de espaço social e da sua objectivação nas estruturas do espaço físico. Toda esta dinâmica do jogo social é geradora de representações e percepções diferenciadas dos lugares. A habitação foi assim tida como um objecto de acesso desigual por parte de diferentes grupos sociais e como tal accionada enquanto instrumento de dominação. Neste quadro analítico, procurou-se estabelecer um conjunto de postulados que nos permitissem compreender a sociogénese das ilhas da cidade. De seguida, a partir do caso específico das ilhas em estudo – a Grande e do Padeiro em S. Vítor e o Bairro do Herculano – procurámos compreender os modos como os moradores destes espaços organizam o seu quotidiano e quais as suas percepções face ao espaço onde residem. Este contínuo analítico tinha como principal objectivo, o enquadramento da habitação em ilhas em processos mais vastos de transformação da cidade, particularmente, no espaço que estas ocupam na resolução da «questão da habitação» que assalta a cidade desde a sua industrialização. A partir de uma estratégia de pesquisa qualitativa, que se traduziu no recurso às técnicas de observação directa e da entrevista, procurou-se dar conta da multiplicidade de trajectórias residenciais e sociais dos agentes que habitam nas ilhas. Comum aos casos analisados, identificou-se um conjunto de fracos recursos sociais e económicos que conduzem à reificação da condição precária dos moradores. Condição, esta, que se traduz na imobilização dos agentes no espaço físico e social da cidade.
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