O impacto de uma intervenção interpares no âmbito do bem-estar e do funcionamento cognitivo: um estudo experimental baseado no envelhecimento ativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Herédia, Afonso Miguel de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/4039
Resumo: Atendendo ao crescente envelhecimento populacional torna-se primordial que o mesmo ocorra de forma autónoma e saudável, promovendo uma boa qualidade de vida (QV) e bem estar (BE), face às suas alterações biopsicossociais, contribuindo também para uma maior sustentabilidade social. Assim, desenhou-se uma intervenção alicerçada no envelhecimento ativo (EA), incidindo nos seus determinantes pessoais e sociais, a qual se concretizou através de uma dinâmica interpares de seniores de uma mesma comunidade, onde seniores mais jovens e autónomos, que constituíram a amostra participantes agentes (P/Agentes), provenientes de universidades seniores (US), foram envolvidos num papel social ativo para desenvolver uma intervenção com a finalidade de apoiar e estimular outros seniores, mais velhos (com prejuízos cognitivos ligeiros, menor autonomia e restrição social), os quais constituíram a amostra de participantes alvo (P/Alvo), provenientes de centros de dia (CD). As duas amostras foram subdivididas aleatoriamente em dois grupos equivalentes. O grupo experimental (GE) dos P/Agentes (N = 38, M Idade = 68.53; DP = 4.88 anos e maioritariamente do género feminino) recebeu uma formação teórico-prática e realizou sessões de estimulação e treino cognitivo (EC e TC) junto dos P/Alvo, tendo-lhe sido avaliado o bem-estar subjetivo (BES) e o florescimento. O grupo de controlo (GC) (N = 36, M Idade= 70.17; DP = 5.27 anos e maioritariamente do género feminino) não participou do programa e foi avaliado com as mesmas variáveis. O GE dos P/Alvo (N = 38, M Idade = 79.66; DP = 8.43 anos e maioritariamente do género feminino) usufruiu de 16 sessões de EC/TC bissemanal, tendo-lhe sido avaliado o BES e o funcionamento cognitivo. O GC (N = 36, M Idade = 82.53; DP = 7.96 anos, maioritariamente do género feminino) não usufruiu das sessões de intervenção e foi avaliado com as mesmas variáveis. O estudo englobou três momentos (pré-intervenção – M1; pós intervenção – M2; e follow-up – M3) para a recolha dos dados quantitativos referentes às variáveis dependentes (VD) com um período de intervalo de três meses. No M2 foram ainda recolhidos dados qualitativos dos GE de ambas as amostras acerca da experiência e da avaliação do programa. Os resultados obtidos no M2 revelaram que tanto o GE dos P/Agentes, como o dos P/Alvo sofreram um aumento significativo em todas as variáveis estudadas, demonstrando a eficácia do programa. Quanto à sua manutenção houve nos P/Alvo um decréscimo dos afetos positivos (AP) e do desempenho cognitivo no M3, os quais se justificam pela retirada da intervenção cujos fatores são essenciais para estas variáveis atendendo às idiossincrasias dos P/Alvo, que impossibilitaram a manutenção de um efeito sistémico positivo, pelo que se sugere a não interrupção deste tipo de intervenções em seniores mais velhos com maior restrição social. Os dados qualitativos revelaram que os P/Agentes e os P/Alvo percecionaram maioritariamente um impacto pessoal positivo e uma avaliação positiva do programa, bem como a sua manutenção, referindo querer repetir ou recomendá-lo. O conjunto de dados demonstra a possibilidade e importância de criar formas de promover o BE e a saúde nos seniores através de dinâmicas no âmbito do EA.
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