Vari?veis Familiares e Sintomatologia Psicopatol?gica em Toxicodependentes em Recupera??o

• Autor(a) principal: Gomes, Ana Teresa Falc?o de Brito Costa
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: Sim?es, S?nia (Orientadora)
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/975
• topic: Vincula??o - Attachment; Estilos educativos parentais - Parental rearing styles; Funcionamento familiar - Family functioning; Sintomatologia psicopatol?gica - Psychopathological symptomatology; Toxicodepend?ncia - Drug addiction

A investiga??o cient?fica efetuada ao longo dos anos no ?mbito da toxicodepend?ncia tem mostrado que a vincula??o e as experi?ncias vivenciadas na inf?ncia com os pais t?m impacto na vida adulta, podendo conduzir ao consumo de drogas e ao desenvolvimento de sintomas psicopatol?gicos. Dado a pertin?ncia do tema, este estudo teve como principais objetivos analisar a rela??o entre a vincula??o, o funcionamento familiar, as mem?rias sobre os estilos educativos parentais e a sintomatologia psicopatol?gica em toxicodependentes adultos em recupera??o, bem como estudar as diferen?as nestas vari?veis em fun??o da presen?a de perturba??o psicopatol?gica, da idade de in?cio, da frequ?ncia e das raz?es do consumo. A amostra foi composta por 40 sujeitos toxicodependentes em recupera??o, no Centro de Respostas Integradas de Viseu, 29 indiv?duos do sexo masculino e 11 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 25-64 anos (M = 39,88; DP = 8,19), que preencheram voluntariamente os seguintes instrumentos: Question?rio Sociodemogr?fico, Escala de Vincula??o do Adulto (EVA), Invent?rio de Mem?rias de Inf?ncia (EMBU), Escala do Funcionamento Familiar (SCORE-15) e Invent?rio de Sintomas Psicopatol?gicos (BSI). Os resultados indicam que uma maior ansiedade da vincula??o e uma menor comunica??o na fam?lia associam-se ? presen?a de mais sintomas psicopatol?gicos, e quanto menores os recursos familiares maiores os n?veis de idea??o paran?ide e de psicoticismo. Verifica-se que os sujeitos perturbados revelam valores mais elevados de ansiedade da vincula??o e de sobreprote??o materna, enquanto a confian?a nos outros e os recursos familiares s?o mais percecionados pelos sujeitos n?o perturbados. A ansiedade e a ansiedade f?bica s?o os sintomas psicopatol?gicos mais experienciados pelos indiv?duos que n?o usaram droga no ?ltimo m?s ou h? mais de um ano. Os sujeitos que assinalam a curiosidade como principal raz?o para o consumo da droga s?o os que manifestam mais sintomas psicopatol?gicos. J? os sujeitos que indicam os problemas pessoais, familiares, sociais e econ?micos apresentam mais sintomas de somatiza??o. Por fim, n?o existem diferen?as significativas nos sintomas psicopatol?gicos em fun??o da idade de in?cio de consumo de drogas. Em conclus?o, os principais resultados encontrados permitem verificar a presen?a de uma associa??o entre os sintomas psicopatol?gicos, vincula??o e funcionamento familiar. Estes dados evidenciam a necessidade de se continuar a intervir nos fatores de risco individuais e familiares associados aos adultos toxicodependentes em recupera??o. / Scientific investigation carried out over the years in the field of drug addiction has shown that the attachment and experiences in childhood with parents have an impact on adult life, which can lead to drug use and the development of psychopathological symptoms. Given the pertinence of the theme, this study had as principal objectives to analyze the relationship between attachment, family functioning, memories about parental rearing styles and psychopathological symptomatology in adult drug addicts under treatment, as well as to study the differences in these variables as a function of presence of psychopathological disorder, age of onset, frequency and reasons for consumption. The sample was composed of 40 subjects undergoing treatment at the Integrated Response Center of Viseu, 29 males and 11 females, with ages between 25-64 years (M = 39.88; SD = 8.19), who voluntarily completed the following instruments: Sociodemographic Questionnaire, Adult Attachment Scale-R (AAS-R), Inventory for Assessing Memories of Parental Rearing Behaviour (EMBU), Systemic Clinical Outcome Routine Evaluation (SCORE-15) and Brief Symptom Inventory (BSI). The results indicate that increased attachment anxiety and reduced communication in the family are associated with the presence of more psychopathological symptoms, and the smaller the family resources the higher the levels of paranoid ideation and psychoticism. It has been verified that disturbed subjects show higher values of attachment anxiety and maternal overprotection, while trust in others and family resources are more perceived by undisturbed subjects. Anxiety and phobic anxiety are the most psychopathological symptoms experienced by individuals who have not used drugs in the last month or more than a year. The subjects that indicate the curiosity as principal reason for the consumption of the drug are those that manifest more psychopathological symptoms. The subjects that indicate the personal, familiar, social and economic problems present more symptoms of somatization. Finally, there are no significant differences in psychopathological symptoms due to the age of onset of drug use. In conclusion, the principal results found allow us to verify the presence of an association between psychopathological symptoms, attachment and family functioning. These data highlight the need to continue to intervene in the individual and family risk factors associated of adult drug addicts being treated.