Trabalho social com crianças expostas à violência interparental: das perceções dos interventores sociais à re-significação nas práticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peixoto, Elisabete Teixeira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/5324
Resumo: As crianças que vivem em lares maritalmente violentos são muitas vezes designadas de vítimas “escondidas”, “desconhecidas”, “esquecidas” ou “silenciosas” (Holden, 1998; Osofsky, 1998; Sani, 1999b). Vários quadros teóricos denotam que existe ainda uma certa despreocupação social com o fenómeno da vitimação indirecta. Contudo, a complexidade deste fenómeno, implica um trabalho em rede, que envolve vários interventores sociais, no sentido de se fortalecerem capacidades. A realidade empírica parece demonstrar que ainda temos poucos interventores sociais a trabalhar no sentido inverso das consequências de toda esta violência indirecta. A preocupação central desta dissertação passa por compreender o trabalho social com as crianças expostas à violência interparental. Assim, esta investigação, de natureza qualitativa, analisa o trabalho social na intervenção com as crianças expostas à violência interparental, identificando a forma como se configura a intervenção social na vitimação indirecta. Ao longo da mesma serão utilizados os conceitos de vitimação indirecta, para designar o mau trato psicológico a que as crianças estão sujeitas aquando da exposição à violência, e de trabalho social, para compreender como este é desenvolvido aquando do problema em causa. Recorreu-se à observação directa e à realização de 2 momentos de entrevistas semi-diretivas, com uma diferença temporal de 5 anos. A amostra foram 10 Interventores Sociais do concelho de Valongo, com competências na área social e com funções directas sobre este tipo de populações. Da investigação efectuada pôde aferir-se que a configuração do trabalho social com crianças expostas à violência é fortemente influenciada quer por limitações institucionais quer por limitações nas competências dos interventores sociais.
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