Acordo económico e comercial entre os EUA e a China: anatomia e perspetiva do direito da OMC
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/53249 |
Resumo: | No início de 2020, os EUA e a China chegaram a um Acordo Económico e Comercial, conhecido como Acordo da Fase Um. Isto foi considerado como sinal de trégua à Guerra Comercial EUA-China, que irrompeu sob a Administração de Trump e está descarrilando o sistema de comércio multilateral baseado em regras. Apreciavelmente, a transferência forçada de tecnologia, uma das preocupações principais dos EUA sobre práticas comerciais da China, é tratada especificamente no Acordo da Fase Um. Não obstante, o compromisso unilateral de voluntary import expansion pode ir contra o princípio da nação mais favorecida, e as altas barreiras tarifárias formadas na Guerra Comercial ainda permanecem. Isso implica uma mudança significativa na política comercial dos EUA, passando de um defensor do multilateralismo comercial a um abusador do protecionismo comercial. Devido à integração económica mais profunda, o modelo de desenvolvimento económico da China está supostamente trazendo novos desafios ao comércio internacional, particularmente a sua política de superioridade tecnológica e economia de empresas estatais. Simultaneamente, a política comercial agressiva dos EUA na busca de “America First”, que interfere no funcionamento normal da OMC e abusa as sanções comerciais unilaterais, não pode resolver verdadeiramente as contradições centrais, mas destrói as regras comerciais originalmente eficazes, tais como o princípio da nação mais favorecida e as regras da concessão pautal. Neste contexto, a OMC pode ser uma plataforma melhor para reequilibrar os direitos e obrigações com respeito aos novos assuntos do comércio, não apenas para os EUA e a China, mas também para todos os outros Membros. Isso demanda uma reforma sistémica dos três pilares da OMC e ainda esforços conjuntos dos Membros, sobretudo das grandes potências. |
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Acordo económico e comercial entre os EUA e a China: anatomia e perspetiva do direito da OMCOrganização Mundial do ComércioAcordo comercialAcordos económicosComércio internacionalTeses de mestrado - 2022DireitoNo início de 2020, os EUA e a China chegaram a um Acordo Económico e Comercial, conhecido como Acordo da Fase Um. Isto foi considerado como sinal de trégua à Guerra Comercial EUA-China, que irrompeu sob a Administração de Trump e está descarrilando o sistema de comércio multilateral baseado em regras. Apreciavelmente, a transferência forçada de tecnologia, uma das preocupações principais dos EUA sobre práticas comerciais da China, é tratada especificamente no Acordo da Fase Um. Não obstante, o compromisso unilateral de voluntary import expansion pode ir contra o princípio da nação mais favorecida, e as altas barreiras tarifárias formadas na Guerra Comercial ainda permanecem. Isso implica uma mudança significativa na política comercial dos EUA, passando de um defensor do multilateralismo comercial a um abusador do protecionismo comercial. Devido à integração económica mais profunda, o modelo de desenvolvimento económico da China está supostamente trazendo novos desafios ao comércio internacional, particularmente a sua política de superioridade tecnológica e economia de empresas estatais. Simultaneamente, a política comercial agressiva dos EUA na busca de “America First”, que interfere no funcionamento normal da OMC e abusa as sanções comerciais unilaterais, não pode resolver verdadeiramente as contradições centrais, mas destrói as regras comerciais originalmente eficazes, tais como o princípio da nação mais favorecida e as regras da concessão pautal. Neste contexto, a OMC pode ser uma plataforma melhor para reequilibrar os direitos e obrigações com respeito aos novos assuntos do comércio, não apenas para os EUA e a China, mas também para todos os outros Membros. Isso demanda uma reforma sistémica dos três pilares da OMC e ainda esforços conjuntos dos Membros, sobretudo das grandes potências.At the beginning of 2020, the United States and China reached an Economic and Trade Agreement, known as Phase One Agreement. It was regarded as a sign of truce to the US-China trade war which erupted under the Trump administration and is derailing the rule-based multilateral trading system. Appreciably, forced technology transfer, one of main U.S. concerns about China’s trade practice, is specifically dealt with in Phase One Agreement. Notwithstanding, the unilateral commitment of voluntary import expansion concluded in it may goes counter to the most-favored-nation principle, and the high-tariff barriers formed in trade war are remained. This implies a significant change in the US trade policy, shifting from an once advocate for trade multilateralism to an abuser of trade protectionism. Under deeper economic integration, China’s economic development model is allegedly bringing new challenges to international trade, particularly its technology superiority policy and state-owned enterprises. Simultaneously, the aggressive US trade policy in the pursuit of “America First”, which intervenes the normal operation of WTO and abuses unilateral trade sanctions, cannot truly resolve core contradictions but destroys the originally effective trade rules. In this context, WTO may be a better platform to rebalance the rights and obligations related to new issues, for not only the United States and China but also all other Members. This requires a systemic reform of WTO’s three pillars and joint efforts of all Members, especially those great powers.Mota, Pedro InfanteRepositório da Universidade de LisboaYu , Chen2022-05-31T18:04:03Z2022-04-012022-04-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/53249porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:58:57Zoai:repositorio.ul.pt:10451/53249Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:04:14.370938Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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