A sobrecarga do Cuidador Informal e o seu estado de humor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caldeira, Hugo M R
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/5070
Resumo: O Cuidador Informal tem um papel de extrema importância na sociedade, embora só muito recentemente tenha sido reconhecido de forma legal em Portugal. Sendo a prestação de cuidados desgastante, causadora de stress e de sobrecarga, o estado de Humor poderá condicionar a experiência dos Cuidadores Informais no processo de cuidar bem como na sua vida pessoal. Com este trabalho pretendeu-se conhecer o impacto da sobrecarga do Cuidador Informal da pessoa dependente no seu estado de humor, decorrente do processo de cuidar, residente na área de influência de uma Unidade Local de Saúde da região centro. E para o concretizar realizou-se um estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. A recolha de dados foi feita através da aplicação de formulário que continha a caracterização sociodemográfica do Cuidador Informal, a Escala da Sobrecarga do Cuidador (ESC), o Perfil de Estados de Humor (POMS), o Inventário da Personalidade (NEO-FFI-20) e o Índice de BARTHEL. A amostra foi não probabilística por conveniência, tendo sido constituída por 101 Cuidadores Informais de pessoas dependentes, inscritos nas Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados de uma Unidade Local de Saúde da região centro. Os resultados sugerem que o perfil do Cuidador Informal é caracterizado por ser mulher, casada e filha da pessoa dependente, com o 1º Ciclo do Ensino Básico e aposentadas. 41,6% dos Cuidadores Informais encontravam-se em sobrecarga intensa; a dimensão com pontuação mais elevada foi “vigor-atividade”; nas dimensões da personalidade destacou-se a predominância da “conscienciosidade”, “amabilidade” e “extroversão”. Verificou-se que os Cuidadores Informais mais velhos tendem a ser mais depressivos e a apresentar mais fadiga. Os que não sabem ler nem escrever apresentam níveis de “depressão-melancolia” e “hostilidade-ira” superiores a Cuidadores Informais com o 12º. Ano; os cônjuges ou companheiros apresentam níveis de “depressão-melancolia” superiores a amigos ou vizinhos e a filhos; Cuidadores Informais cônjuges ou companheiros apresentam níveis de “confusão-desorientação” superior a Cuidadores Informais filhos. O aumento do nível de sobrecarga estava associado ao aumento das dimensões “depressão-melancolia”, “fadiga-inércia”. Os resultados obtidos sugerem que, Cuidadores Informais extrovertidos são menos ansiosos, menos depressivos, menos desorientados, menos desajustados e mais vigorosos; os mais amáveis são menos ansiosos, menos hostis e menos confusos/desorientados; os mais conscienciosos são geralmente mais vigorosos e menos confusos e desorientados.
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