A qualidade de vida dos cuidadores de crianças com paralisia cerebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matias, Carla Maria Moutinho
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/5146
Resumo: A existência de uma criança com paralisia cerebral no seio de uma família transforma a dinâmica das suas rotinas da vida diária, assim como a qualidade de vida dos seus cuidadores. O que inicialmente pode ser considerado uma responsabilidade temporária, passa a constituir uma ocupação permanente e exigente, podendo despoletar um quadro de desgaste físico e psicológico. Nesse sentido, o presente estudo teve como principal objetivo verificar a influência das variáveis sociodemográficas e do nível da função motora global das crianças com paralisia cerebral na qualidade de vida dos seus cuidadores. A investigação integrou 85 cuidadores de crianças portadoras de paralisia cerebal, com idades entre os 26 e os 75 anos, na sua maioria do género feminino e que frequentam a Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real. Para avaliar a sua qualidade de vida, foram aplicados o inquérito World Heath Organization Quality of Life Bref e a escala Gros Motor Function Classification System para validar a função motora global das crianças com paralisia cerebral. Os dados recolhidos foram tratados através de procedimentos estatísticos (descritivos e inferenciais), nomeadamente da Anova (comparação da qualidade de vida dos cuidadores em relação à função motora global das crianças com paralisia cerebral). De igual modo, é de ressalvar que o coeficiente de correlação de Pearson foi fundamental para selecionar as variáveis para o modelo de regressão linear simples e múltipla. De forma geral, os resultados não apontam diferenças estatisticamente significativas entre a qualidade de vida e a função motora global das crianças com paralisia cerebral. Apenas as variáveis sociodemográficas, como a distância entre a habitação e a Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real e o estar doente parecem influenciar a qualidade de vida dos cuidadores, pelo que podemos concluir que a maioria apresenta-se razoavelmente satisfeita com a sua qualidade de vida.
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